sexta-feira, 27 de setembro de 2019

[Resenha] O que aconteceu com Annie? @intrinseca

Título Original: The taking of Annie Thorne
Título no Brasil: O que aconteceu com Annie?
Autora: C J Tudor
Tradução de Flavia Rossler
Editora Intrínseca
#48


Eu já tinha finalizado essa leitura desde o mês passado, mas com a Bienal do livro, o lançamento de meus livros...eu acabei atrasando a postagem e hoje peguei o livro novamente para resenhar para vocês alguns trechos que queria ter certeza - já que minha memória não é das melhores - para poder dar minha opinião para vocês. O primeiro ponto é que fui com grandes expectativas, já que ter demorado para ler o livro fez com que boa parte dos blogueiros que acompanho já tivesse resenhado, e as comparações da autora com Stephen King fizeram com que eu esperasse  o livro da vida, já que já tinha curtido muito o anterior, já resenhado por aqui, chamado O homem de giz.

A verdade é que o balde de água fria veio porque não li de uma vez só, eu parava e retornava ao livro de vez em quando, isso quando acontece é porque  a história não me prendeu. Se é ruim? Não, não é. Mas alguns fatores podem ter contribuído para que eu me desanimasse e tentarei citá-los abaixo, exceto os que são spoilers. 
A autora escreve bem, a edição da Intrínseca é primorosa, mas apenas isso, não é algo marcante, talvez por isso eu nem fui autografar com a autora na Bienal, me desanimou um bocado. Primeiro que beber da fonte dos autores, é ok, e ela se embebeda muito na de King nesse livro, coisa que não lembro ter ocorrido com o livro anterior.  Se você está procurando uma história original e algo que o surpreenda, este não é o livro certo. Isso é, haverá decepção  se você é fã de Stephen King, embora existam elementos na história que sejam familiares  para as pessoas que assistem a muitos filmes, mesmo que não leiam os romances de King ou suas adaptações na tela . Não estou dizendo que não há elementos surpreendentes no livro, e sim há algumas reviravoltas, mas as linhas gerais da trama que eu acho que serão reconhecidas por muitos, especialmente pelas pessoas que não leem esse gênero com frequência. Meu ponto é: há referências, muitas, estão em toda parte. E quando se trata de King e seus mil livros, nem eu que sou fã do cara desde novinha lembro de tudo. 
Vamos à história: o personagem principal, Joe Thorne, também é professor e está longe de ser um exemplo. Joé viciado em bebida, em jogo, em mentira ... Sim, esse é um personagem moralmente errado, que também narra a história na primeira pessoa e quem, embora possamos ou não suspeitar se de fato é um  narrador  confiável. Ele parece compartilhar livremente coisas negativas sobre si mesmo desde o início, mas à medida que a história segue, percebemos que o que ele nos diz pode não ser a verdade. Não vou falar mais sobre isso para não dar spoilers, porque há uma reviravolta no final que coloca as coisas em uma visão interessante, o que me animou no livro foi a partir da metade para o meio, mas confesso não ter curtido muito o final. 
Fiquei me perguntando o que eu pensava sobre Joe e não tenho certeza se decidi ainda, sentir empatia pelo protagonista muitas vezes é importante. Joe é inteligente, espirituoso, mas tem uma propensão a se meter em problemas, e embora use o sarcasmo para se proteger , há momentos em que percebemos outros aspectos de sua personalidade. Há traumas em seu passado envolvendo familiares, há muito para o leitor descobrir, mas nem sempre as descobertas são interessantes. 
Esta é uma viagem no tempo, e a narração da investigação e da vida atuais de Joe (incluindo morar em um chalé onde ocorreu uma morte ) é intercalada com suas memórias do que aconteceu com Annie Thorne do título, sua irmãzinha , que desapareceu, voltou e morreu em um acidente que também matou o pai. . Existem muitos outros personagens na história, alguns que encontramos no passado e no presente.
 Como eu disse no começo, a história não é muito envolvente, na verdade somente do meio para o final. Dos livros que li esse ano, esse infelizmente não entra na lista de melhores. 







3 comentários:

  1. Que pena que esta obra não te pegou de jeito,mas eu adoro quando isso acontece, sabia? Você pode ir em milhares de lugares, ler mil resenhas do mesmo livro e sempre tem a parte que amou a leitura e a parte que não curtiu.
    Gosto, questão de gosto e eu gosto demais que seja assim.
    Ainda não pude conferir o trabalho da autora, o primeiro livro da autora eu ganhei, mas nunca o recebi.rs
    Espero poder mesmo assim, sem conhecer, ler os dois livros da autora!
    Beijo

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  2. Ainda não li nada da autora, escutei uns elogios por aí, mas só... Essa de ficar comparando com outros autores e obras é muito furada, pois quem gosta acaba criando muitas expectativas e se frusta né...

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  3. Raffa!
    Assim, não li o livro anterior da autora, embora tenha lido muitas resenhas.
    Quanto a se 'espelhar' em King, se der certo, acho ótimo, afinal ele é o mestre, mas pelo jeito, o início não foi tão bom, depois melhora e o final fica a desejar... Para conhecer a 'cópia' de King, acho que vale a pena a leitura.
    cheirinhos
    Rudy

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