Menina que via Filmes: Cidade dos Piratas [Crítica]

Título Original: Cidade dos Piratas

Data de lançamento: 31 de outubro de 2019 (1h 20min)

Direção: Otto Guerra

Elenco: Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Laerte

Gênero: Animação

Nacionalidade: Brasil

Não recomendado para menores de 16 anos

por Luciana Machado

Sinopse: Um diretor de cinema enfrenta uma situação complexa no meio da produção de seu longa metragem: a autora de "Os Piratas do Tietê" começa a rejeitar os personagens quando o enredo está praticamente pronto. Para tentar salvar o filme, ele decide contar a sua história e realidade e ficção se misturam em um caótico labirinto.

Crítica

O filme começa mostrando a colonização do Brasil, e após essa introdução, passa para os tempos atuais. Com a cidade de São Paulo caótica e poluída, contrastando com o cenário do passado. E logo no começo vemos a cartunista Laerte Coutinho jogando seus personagens do Piratas do Tietê no lixo, deixando o diretor Otto Guerra sem saber como seguir com o filme, enfrentando dificuldades de saúde, e com a equipe pelo projeto estar sem rumo. Aí começa a ter interferências de entrevistas com a cartunista Laerte Coutinho, sobre a sua transgeneridade, cenas que são inseridas em diversos momentos até o final do filme.

Também vemos vários personagens da cartunista entrando no filme, deixando o ritmo do filme bem acelerado. Além dos personagens, que desenvolvem as suas histórias, como um homem que gosta de se vestir como mulher, político que se preocupa bastante com órgãos reprodutivos masculinos, piadas sobre a ditadura gay, pesadelos recorrentes, entre outras histórias do pirata com o poeta, ou com o próprio diretor. O filme possui muitas referências. E o próprio diretor diz que o filme não para em pé.

 Por causa do ritmo, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, o filme fica um pouco cansativo. E parece que tem muitas piadas que só quem conhece o trabalho da cartunista e do diretor, vão conseguir entender. Não é um filme que vai agradar a todo mundo, principalmente a pessoas conservadoras. Já quem tem a mente aberta vai saber apreciar melhor essa animação loucona. E aviso que possui uma pequena cena pós-créditos. (Eu acho que vale a pena ficar até o final de todos os filmes para prestigiar o trabalho de todo mundo que fez o filme acontecer, tendo cena pós-créditos ou não.)