Menina que via Filmes: O exterminador do futuro - Destino Sombrio {Crítica]

Título Original: Terminator: Dark Fate

Título no Brasil: Exterminador do Futuro - Destino Sombrio

Data de lançamento: 31 de outubro de 2019 (2h 09min)

Direção: Tim Miller

Elenco: Mackenzie Davis, Natalia Reyes, Linda Hamilton, Arnold Schwarzenegger e mais

Gênero: Ação, Ficção científica 

Nacionalidade: Estados Unidos

#220

por Gabriela Leão 

O novo Exterminador do Futuro parte de uma linha temporal após Exterminador do Futuro 2: Julgamento Final, quando Sarah e John Connor tiveram sucesso em evitar o apocalipse e o domínio do mundo pelas máquinas. Porém, no presente, mais de vinte anos depois, dois novos enviados do futuro chegam na Cidade do México, com uma nova missão à cumprir. Dessa vez, um novo modelo de exterminador, Rev-9, sai em busca de Dani Ramos, uma jovem mexicana de vida, aparentemente, bastante simples. Dani lutará para sobreviver, sendo ajudada por Grace, uma humana aprimorada, uma super-soldada enviada do futuro, e Sarah Connor.

Como esperado, o filme é repleto de ação, com cena de tensão após cena de tensão, e mal se percebe que duas horas se passaram. Algumas leis da física são ignoradas, mas nada muito surpreendente aí também. O Rev-9 faz juz ao nome exterminador, e parece uma força impossível de parar, podendo ser no máximo desacelerado. Dá aquele nervosismo toda vez que ele se aproxima. Mas, por incrível que pareça, tiveram momentos durante o longa que o Rev-9 ganhou umas vantagens um pouco forçadas a em sua busca, a tecnologia deixando ele onisciente demais, na minha opinião.

É impossível não pensar nesse filme em comparação aos anteriores, e me parece que há aqui um suspiro um pouco maior de inovação, mas só um pouco. A trama central se repete, um humano e uma máquina do futuro vindo para proteger e matar alguém, respectivamente, mas pelo menos agora tudo gira ao redor de Dani Ramos, e teve uma esperteza na forma que o T-800 de Arnold Schwarzenegger foi apresentado. Há referências mais sutis aos primeiros filmes que me agradaram, como a forma que os enviados do futuro chegam no presente, e o local onde Dani e o irmão trabalham, por exemplo. Imagino que existam outras, mas não lembro tão bem assim dos primeiros produtos para poder dizer. Interessante é que a saga parece querer nos dizer que, não importa o que seja feito, no final, os humanos sempre vão acabar por dar início ao apocalipse em que máquinas dominam o mundo, seja Skynet, Gênesis, ou, no caso, Legião. E os humanos vão sempre lutar. Mas, talvez seja mesmo só o meio manter a franquia.

O que mais me agradou, e o que torna o filme bom mesmo, é a representatividade feminina. Por isso os 4 claquettes, e não apenas 3. A Sarah Connor de Dark Fate é uma mulher forte e badass, que sabe se virar muito bem sozinha após tudo o que viveu nos dois primeiros filmes. Grace transforma em feminino o papel do soldado leal, protetor, que fará de tudo para salvar Dani. Ninguém aguenta mais o homem protegendo a donzela em apuros, Grace sai desse estereótipo e também nos dá ótimas cenas de luta. E por mais que Dani não saiba como combater um Exterminador no início da trama, não é nada indefesa, e o que não apresenta em nenhum momento é fraqueza. Tem ainda mais motivos para uma mulher ficar feliz assistindo o longa, mas não vou estragar essa parte. Interessante apontar também que, se há uma protagonista dentre essas três, a personagem principal seria Dani, mulher e mexicana. 

Há pouco de novo em Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, mas considerei melhor que os últimos da saga. A ação é bem feita, um pouco exagerada talvez, mas durante o filme nem notamos, só torcemos para essas três enfiarem porrada no Rev-9. A trama se sustenta dentro de si mesma, e fez algumas jogadas bem espertas, principalmente com algo que é apresentado na abertura. Como mulher e latina, foi bem bom de ver. É aquele filme de ação despretensioso do fim de semana, e cumpre muito bem esse papel. 

Confiram a crítica de Raffa Fustagno