Menina que via Filmes: A grande mentira [Crítica]

Título original: The Good Liar

Título no Brasil: A Grande Mentira

Data de lançamento: 21 de novembro de 2019 (1h 50min)

Direção: Bill Condon

Elenco: Helen Mirren, Ian McKellen, Russell Tovey

Gênero: Drama

Nacionalidades: EUA, Canadá

Distribuidor: WARNER BROS.

Ano de produção: 2019

Tipo de filme: longa-metragem

Idiomas: Inglês

Não recomendado para menores de 16 anos

por Luciana Machado

Sinopse: Em um jogo de gato e rato, o golpista Roy Courtnay (Ian McKellen) não resiste aplicar seu golpe mais uma vez quando conhece a recém-viúva Betty McLeish (Helen Mirren) online. Porém, à medida em que a mulher abre sua casa e sua vida para o vigarista, ele se surpreende quando começa a se importar com ela.

Crítica 1 

 Roy é um senhorzinho que vive aplicando golpes, mal termina um e já engata em outro. É assim que começa o filme, marca um encontro com a Betty, recém-viúva, e em seguida segue para dar andamento num outro golpe com o seu companheiro de malandragem, Vincent (Jim Carter) num strip club. Conforme os dias vão passando, ele vai armando para ficar mais próximo da Betty, e vai conseguir ser convidado para passar uns tempos na casa dela. Ele vai achando cada vez mais que ela é uma presa fácil, que só tem um neto, que dificulta os planos de Roy tentando atrapalhar todos os avanços dele com a viúva.

 Mesmo assim, ele segue tentando dar um grande golpe em Betty, que nunca escondeu ter uma boa situação financeira e parecia ser ingênua demais. Enquanto isso, seu outro golpe, que apesar de ter dado certo, as pessoas lesadas por ele, aparecem para exigir o dinheiro deles de volta, e vemos que Roy não se importa com ninguém, além do dinheiro.

Para se afastar dessa confusão, e tentar convencer Betty a investir seu dinheiro junto com ele, eles fazem uma viagem para Berlim na Alemanha, e o neto tentando proteger sua querida avó, desmascara Roy, que não é quem ele diz ser. E ainda depois de revelado o seu passado, Betty fica do lado dele, e aceita investir. Não falarei mais nada depois disso, pois seria um tremendo spoiler, mas quem viu o trailer vai perceber como que termina esta história. Só acho que o Roy merecia um castigo pior do que recebeu! (Sim, sou rancorosa!)

Apesar deu ter mencionado que o trailer dá uma dica de como o filme termina, ele não entrega o motivo, e foi o que achei mais interessante. Não foi nada do que eu tinha imaginado que poderia motivar as ações de Betty, que também não era nada daquilo que mostrava ser. As atuações do Ian McKellen e da Helen Mirren são ótimas! (E tem como não ser?!)

 Mas o filme não entrega algo excepcional, são bons atores, com uma história interessante, mas nada que marque na memória. Talvez se tivessem se aprofundado na Segunda Guerra Mundial, eu teria gostado mais (para entender, terá que ver o filme). Se fizessem uma prequela do filme, eu iria assistir com certeza! Recomendo para quem for fã dos atores, quem gosta de filmes com reviravoltas no final, e para quem gosta de histórias sobre o período da Segunda Guerra Mundial (mas infelizmente não se aprofundam no assunto).

Crítica 2

por Michelle Fraga

“A Grande Mentira”, que estreia hoje em todos os cinemas, estrelado por Ian McKellen e Helen Mirren é a grande aposta da Warner Bros juntamente com a New Line. 

De cara eu já devo confessar que gostei bastante da tradução para o português (o original em inglês é “The Good Liar”), pois não deixa explícito se a pessoa mentirosa é o homem ou a mulher, levando em consideração que na língua inglesa não há a marcação de gênero, contribuindo bastante para manter o suspense da trama. 

O filme se inicia em montagem paralela, onde vemos as dinâmicas de Roy (McKellen) e de Betty (Mirren) acontecendo concomitantemente. Roy é um charlatão tentando se dar bem, enquanto Betty é aparentemente uma professora de Oxford aposentada, viúva, querendo encontrar alguém com quem compartilhar a vida. Ambos se comecem num site de relacionamentos (velhinhos bem modernos) e ele acredita ter ganhado na loteria ao conhecer tão nobre senhora com o saldo bancário mais nobre ainda. No entanto,  nem tudo é o que parece e quem aparenta não se importar acaba mais envolvido do que planejava. 

O enredo se desenvolve entre idas, à época da Segunda Guerra Mundial, e vindas ao presente da narrativa que ocorre em 2009, onde muitas verdades são jogadas no ventilador. 

Apesar de thriller não ser meu gênero favorito, devo admitir que o início do filme foi super empolgante, o que eu teria para falar de Ian McKellen? O homem é sensacional! Minha primeira reação assim que ele aparece em cena foi: “Nossa, que velhinho mais fofo, queria ser neta dele... WOW, espera aí... que velho safado!”. Definitivamente o ponto forte desse filme são as atuações desses dois dinossauros do cinema, Ian e Helen são perfeitos em cena, sobretudo ele que muda de personalidade em questão de segundos, o que me conquistou. Entretanto, os aspectos positivos do filme quase que param por aí. A premissa do filme é interessante, mas o roteiro vai perdendo força de tal forma que eu cheguei a bocejar por diversas vezes da metade para o final. Alguns acontecimentos são um tanto quanto previsíveis o que vai tirando o gás do filme, porém o plot twist final foi bem inesperado, o que agradou bastante. 

Minha nota pra esse filme são três claquettes. As atuações são impecáveis e o cenário também. 

Se você gosta de suspense tipo “Assassinato no Expresso do Oriente”, com muitos diálogos e flashbacks e pouquíssima ação, então certamente você irá gostar de “A Grande Mentira”.