[Festival do Rio 2019] Partida [Crítica]

Título Original: Partida

Data de lançamento em breve (1h 34min)

Direção: Caco Ciocler

Elenco: Georgette Fadel, Léo Steinbruch, Paula Cesari mais

Gênero Documentário

Nacionalidade Brasil

por Cecilia Mouta

Partida é um documentário ficcional dirigido pelo ator Caco Barcelos e mostra sua aventura junto com Georgette Fadel e uma equipe na ida ao Uruguai de ônibus para falar com o ex presidente do Uruguai, Pepe Mujica, depois do resultado das eleições no Brasil em 2018.

Durante o tempo de estrada, acompanhamos a equipe debater ideias e convicções sobre política, sua importância na sociedade e o papel de cada eleitor na construção de uma democracia. 

Para apimentar as discussões, no bom sentido a palavra, Caco convidou seu amigo Leo Steinbruch, eleitor do Bolsonaro, para trazer um ponto de vista do “outro lado”.

Apesar da premissa ficcional de Georgette se candidatar a presidência do Brasil em 2023, as opiniões e debate documentados pelos câmeras são reais. 

Um toque genial dado pela direção foi colocar, na pós produção, áudios de whatsapp com falas do Caco ou Georgette, que muitas vezes situam bem o espectador no contexto e nas intenções do filme. 

Ao longo dos 90 minutos, o documentário manteve um bom tom cômico, que enriqueceu os debates. E evidenciou o absurdo que, às vezes, a política se propõe. 

Ao final, temos uma bonita mensagem deixada pelo Mujica. 

Com uma narrativa metalinguística, Partida traz uma importante mensagem sobre nosso posicionamento na sociedade e na importância de conseguir criar diálogo com aqueles que pensam diferentes. 

Filme assistido no Festival do Rio 2019