Menina que via Filmes: A batalha das correntes [Crítica]

Título original: The Current War

Título no Brasil: A Batalha das Correntes

Data de lançamento: 19 de dezembro de 2019 (1h 45min)

Direção: Alfonso Gomez-Rejon

Elenco: Benedict Cumberbatch, Michael Shannon, Nicholas Hoult

Gêneros: Drama, Histórico, Biografia

Nacionalidade: EUA

Idiomas: Inglês

Distribuidor: Diamond Films

Ano de produção: 2017

Tipo de filme: longa-metragem

Por Luciana Machado

Sinopse: Ambientado no final do século XIX, a Guerra das Correntes, que foi uma disputa entre Thomas Edison (Benedict Cumberbatch) e George Westinghouse (Michael Shannon) sobre como deveria ser feita a distribuição da eletricidade. Edison fez uma campanha pela utilização da corrente contínua para isso, enquanto Westinghouse defendia a corrente alternada.

    O filme retrata a Batalha das Correntes (que eu nunca tinha ouvido falar ou lido na época da escola), que foi uma disputa bastante acirrada entre Thomas Edison (interpretado por Benedict Cumberbatch - Sherlock (Série de TV), O Jogo da Imitação, Doutor Estranho) e Nikola Tesla (interpretado por Nicholas Hoult - X-Men: Primeira Classe, Meu Namorado é um Zumbi, Mad Max: Estrada da Fúria), com a ajuda do George Westinghouse (interpretado por Michael Shannon - A Forma da Água, Fahrenheit 451, Entre Facas e Segredos). Vemos um pouco da vida pessoal dessas figuras importantes da história, como o código morse era utilizado entre Edson e seus filhos, o falecimento de sua esposa, como a esposa de Westinghouse o encorajava nos negócios, as personalidades difíceis de Edson e Tesla, as manias que Tesla tinha, como por exemplo com o número 3 entre outras coisas que fui descobrindo quando fui pesquisar sobre eles. Mas o foco é a disputa de qual tipo de distribuição de eletricidade era melhor. Thomas Edson defendia a corrente contínua e Nikola Tesla e George Westinghouse defendiam a corrente alternada. A competição ente eles foi tão intensa, que Edson chegou a eletrocutar animais para demonstrar o quão perigosa era a corrente alternada.

    Como mencionei anteriormente, pesquisei para saber se o que vi no filme era verdade ou foi exagerado, pois se trata de pessoas que existiram e fizeram suas marcas no mundo, e pelo que pesquisei, como Tesla não tinha dinheiro para bater de frente com Edson, acho que adaptaram de um jeito que desse um pouco mais de destaque para Westinghouse, que defendia a corrente alternada e já havia começado a implementar isso na distribuição de eletricidade e era o maior concorrente do Edson, só no final do filme que juntaram Westinghouse com Tesla, mas mostraram que Tesla trabalhou com Edson antes e como o Edson não deu muita importância para o Tesla. Na minha pesquisa, eu consegui reparar em como as invenções ou as coisas que Edson efetuou melhorias eram inseridas nas cenas (como a lâmpada incandescente recebia destaque quando aparecia, toda vez que usavam o telefone, a máquina de escrever, mostrou um pouco de outras invenções como o fonógrafo e o cinematógrafo) , e também Westinghouse, que inventou o freio a ar comprimido para locomotivas, mostraram bastante as locomotivas freando, gostaria de rever o filme e perceber mais “easter eggs” que enquanto via o filme passaram batidas (exceto as cenas das lâmpadas e dos telefones, essas eu percebi na hora).

    Sobre as atuações, achei que o Benedict Cumberbatch estava na sua zona de conforto, mais um personagem arrogante, que acha que está certo e todos os outros errados, que se isola das pessoas, lembrou bastante Sherlock Holmes. Também temos Tom Holland (O Impossível, Homem-Aranha: De Volta ao Lar) no papel do Samuel Insull, assessor (ou algo do tipo) de Edson, Tuppence Middleton (Sense8 (Série de TV), O Destino de Júpiter, O Jogo da Imitação) como Mary Edison, esposa de Edson, e Katherine Waterston (Steve Jobs, Animais Fantásticos e Onde Habitam) como Marguerite Westinghouse, esposa de Westinghouse. Achei esses atores pouco aproveitados. A ambientação e o figurino estavam bons, mas nada que se destacasse.

    Gostei do filme porque mostrou um pouco dos inventores, mesmo ele não aprofundando muito nas invenções, e sim na competitividade entre os personagens. Recomendo este filme para as pessoas que gostam de história, engenharia ou física, e dos atores. Acho que vale a pena pesquisar sobre as invenções para perceber como elas foram inseridas nos filmes.