Título Original: Gretel and Hansel
Título no Brasil: Maria e João - O conto das Bruxas
Lançamento: 20 de fevereiro de 2020 (1h 27min)
Gênero: Terror, Fantasia, Suspense
Direção: Osgood Perkins (II)
Elenco: Sophia Lillis, Alice Krige, Samuel Leakey
Nacionalidade: Americana
#24
por Gabriela Leão
Nessa distorção do conto de fadas original, Maria é expulsa de casa por uma mãe enlouquecida, tendo de levar o irmãozinho João consigo. Caminhando sem rumo pela floresta e já quase desmaiando de fome, Maria e João encontram a casa de Holda, uma senhora já idosa, que tem comida de sobra. Esta bruxa é diferente da original, e suas intenções com Maria e João vão para além de se alimentar das crianças.
Partindo de uma boa premissa, o filme se perde no meio do caminho. Gostei dos aspectos do conto de fadas original que foram mudados, a principal distorção me pareceu bastante interessante, mas como só fica clara lá para frente do filme, não vou contar aqui. De início, no entanto, o que foi alterado só me pareceu estranho.
Primeiro somos introduzidos a um universo já bastante sombrio, Maria enfrenta situações desagradáveis desde o começo, é assediada ao tentar conseguir um trabalho, a mãe a ameaça com um machado na hora que a expulsa de casa. Fora isso, na primeira noite após deixarem o lar, os irmãos são atacados por um monstro estranho que nunca mais aparece, nem nada semelhante. Ou seja, bastante diferente da história que estamos acostumados, em que os irmãos levam uma boa vida e apenas se perdem na floresta, indo parar na casa da bruxa.
Não há um problema específico em tornar todo o universo mais sombrio, mas, por algum motivo. não funcionou. Esses acontecimentos me pareceram jogados, abruptos, desencaixados do que estava sendo apresentado e uma forma barata de tentar inserir o público no clima do terror. Aliás, este é um outro aspecto que ficou bastante forçado, o terror. O filme tenta criar a tensão de formas bem fracas, por vezes se utilizando de uma trilha sonora previsível, já saturada em filmes de terror, e que em certos momentos sequer encaixa na época em que o longa deveria se passar, tendo aspectos modernos demais. A ambientação ajudou um pouco, mas uma boa ambientação não salva o filme.
Além da música, o cenário também me confundiu em relação à época. Quando penso em João e Maria, ou Maria e João, o que me vem na cabeça é a Alta Idade Média e, durante a maior parte do filme, esse parece ser o momento representado. Mas, algumas cenas me tiraram do universo medieval, como salas com pé direito altíssimo e claraboias do que parecia ser vidro, janelas com vitral colorido em um padrão quadricular, mais moderno. No início cheguei até a pensar ter visto luz elétrica. Novamente, a mudança da época em que se retrata o conto não é em si um problema, mas a inconsistência me tirou do filme, perdi qualquer envolvimento que estivesse rolando.
O começo é lento, Maria e João ficam décadas caminhando pelos bosques e os acontecimentos que se dão tem pouca à nenhuma relevância para a trama. Quando finalmente encontram a casa de Holda, a história principal se inicia, os irmãos ficam cada vez mais tempo na casa da bruxa, comendo de sua comida, trabalhando em retribuição, aos poucos ficando perigosamente confortáveis naquele lugar. Aqui temos a parte de distorção da história que, em teoria, achei bem interessante. No entanto, com tudo o que disse anteriormente, a trilha sonora batida, inconsistências de época e algumas outras estranhezas, o resultado final ficou ruim.
Uma pena, ainda mais porque Sophia Lillis estava ótima no papel desta Maria um pouco diferente, Alice Krige fez uma bruxa bem interessante, e Samuel Leakey estava fofo no papel do João novinho. O final só piorou a situação, ignorou parte de uma premissa anteriormente apresentada, ou, caso eu tenha entendido errado, só ficou confuso mesmo. Enfim, tinha bastante potencial nessa versão mais macabra de Maria e João, mas para mim não deu certo.
Confira a crítica de Raffa Fustagno em vídeo ( com spoilers)
E eu estava com tanta esperança nesse filme. Puxa..rs confesso que fiquei decepcionada ao ler essa crítica.
ResponderExcluirAmo isso de dar uma cara diferente(totalmente diferente) ao original e a premissa era incrível.
Pena isso..
Mas mesmo assim sei que vou ver..rs
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Quando fiquei sabendo dessa nova adaptação de João e Maria não fiquei nada animada, primeiro por ser terror e pq teve uma outra adaptação do conto que eu botava bastante fé e achei bem fraquinho... Então esse vou deixar passar sem dó kkkk
ResponderExcluirA única coisa que me chama atenção desse livro é a releitura de um conto de fada que está presente na história mas eu acho filme bem fraco e é bem difícil filme de terror me agradar
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