domingo, 29 de março de 2020

Menina que via Filmes: O Último Amor de Casa Nova [Crítica]


O Último Amor de Casanova
Título original: Dernier Amour
Data de lançamento: 26 de dezembro de 2019 (1h 38min)
Direção: Benoît Jacquot
Elenco: Vincent Lindon, Stacy Martin, Valeria Golino
Gêneros: Drama, Histórico, Romance
Nacionalidade: França
Distribuidor: California Filmes
Ano de produção: 2019
Tipo de filme: longa-metragem
Idiomas: Francês, Inglês
Não recomendado para menores de 16 anos
por Luciana Machado


Sinopse: Casanova (Vincent Lindon), conhecido por gostar de participar de diversão e esbórnia, chega em Londres após deixar o exílio. Nesse novo lugar, ele conhece Marianne de Charpillon (Stacy Martin), uma moça que o atrai a ponto de fazê-lo deixar sua vida de conquistador de lado.

O filme é baseado no livro “A História da Minha Vida” do escritor italiano Giacomo Casanova. Na adaptação, vemos um Casanova bem mais velho contando sobre suas aventuras, mais especificamente sobre a única mulher da qual não foi amigo, fazendo sua ouvinte acreditar que foi a única mulher que realmente amou. Casanova (interpretado por Vincent Lindon – O diário de uma Camareira, Em Guerra, Valor de Um Homem) conta a partir do momento que fugiu de Veneza e foi para Inglaterra, onde reencontrou com amigos, saía para se divertir com mulheres e jogar. Assim que chega se depara com costumes bem peculiares dos ingleses (como evacuar no parque em plena luz do dia, escondendo o rosto, mas mostrando a bunda, por essa eu não esperava mesmo). E em várias ocasiões esbarrava com a Marianne de Charpillon (interpretada por Stacy Martin – Ninfomaníaca, Vox Lux, O Conto dos Contos), na maioria das vezes acompanhando algum cliente.
A partir do momento que ele começa a se encontrar com La Charpillon, ele passa a ter olhos só para ela, e mesmo ela resistindo aos seus avanços, foi convencido a fazer a corte por alguns dias, e foi se apaixonando cada vez mais por ela, e nesso jogo de gato e rato, nunca conseguindo chegar nos finalmentes com a garota, que as vezes parece ingênua e as vezes parecia ter tudo planejado para manter o interesse do seu alvo. Não sei se envolver a sua família fazia parte do jogo dela, provavelmente sim.
A representação da sociedade inglesa neste filme está bem longe da que vemos em livros e filmes, como “Orgulho e Preconceito”. Não é nada romântico (comportamentos libertinos), nem muito limpo ou cheiroso (a cena do parque que mencionei acima, e reparei também que as fezes dos cavalos não eram escondidas em cena, diferente de filmes românticos que costumamos ver), a cena da dança no baile foi bem interessante, os pares não estavam nem um pouco coordenados entre si, pareceu bem real. O que percebi foi que Casanova estava inserido num contexto bem diferente dos livros e filmes de romance de época, o que me convenceu muito mais do que romances onde os personagens masculinos são bonitos, bem educados e fiéis!

As atuações estão boas, o figurino é ótimo e a direção de arte também está muito boa. A fotografia do filme é bastante escura. As cenas seguem num ritmo agradável a maior parte do tempo, os silêncios entre Casanova e La Charpillon, para demonstrar a tensão sexual entre eles, são um pouco longas. As cenas do Casanova sofrendo pela novinha não me causaram pena nenhuma sobre esse bon vivant. Tem bastante cenas de nudez e algumas de sexo, mas não se arrastam por muito tempo.
É um bom filme, mas não se destaca entre os outros que já foram feitos sobre Casanova. Neste filme não foca na fama de conquistador e aventureiro, e sim num homem tentando se adaptar a Londres, que se apaixonou e não foi correspondido como queria. Recomendo para quem for fã dos atores, ou quiser ver um lado bem diferente deste personagem histórico que foi Casanova.

2 comentários:

  1. Ainda não tinha visto ou lido nada sobre este filme, mas não faz muito meu estilo não. Me parece que a fotografia não agradou, mesmo no cenário aparentemente real.
    Não digo que não verei...mas ao menos nesse momento, não senti vontade.rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Gosto de filmes de época e este me deixou bem interessada por trazer um cenário bem menos romantizado, é uma boa mudança, entrou para minha lista :)

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