Título Original: Zombi Child
Título Brasileiro: Zombi Child
Data de lançamento: 26/03/2020
Duração: 1h43min
Direção: Bertrand Bonello
Elenco: Louise Labeque, Wislanda Louimat, Katiana Milfort,
Mackenson Bijou
Mackenson Bijou
País: França
Ano: 2019
Gênero: Drama
por Bernardo Freitas
Apresentando uma proposta baseada em crenças reais, “Zombi Child” aborda
a ancestralidade e religião através de duas linhas do tempo diferentes,
se intercalando e mostrando como o passado e o presente estão mais
ligados do que acreditamos estar. Caminhando entre um drama fantasioso
e chegando ao seu final como um suspense, o longa se torna difícil de ser
classificado em um só gênero, mas consegue ter êxito em ser um bom
entretenimento.
a ancestralidade e religião através de duas linhas do tempo diferentes,
se intercalando e mostrando como o passado e o presente estão mais
ligados do que acreditamos estar. Caminhando entre um drama fantasioso
e chegando ao seu final como um suspense, o longa se torna difícil de ser
classificado em um só gênero, mas consegue ter êxito em ser um bom
entretenimento.
A história se inicia com Clairvius Narcisse (Mackenson Bijou), um haitiano
que foi enterrado vivo em 1962, sendo desenterrado e ficando em um
estado parecido como um zumbi (ele consegue andar, mas não consegue
falar e nem comer). Ele é escravizado e obrigado a trabalhar em plantações
de açúcar. Um dia, ele consegue comer um pedaço de frango de um de
seus chefes. Com isso, ele retoma sua consciência e sai de seu estado
zumbi, fugindo para reencontrar sua esposa. Enquanto isso, 55 anos depois,
Mélissa (Wislanda Louimat), descendente desse mesmo haitiano, faz
amizade com um grupo de meninas em sua escola. Elas rapidamente se
aproximam e Mélissa revela que sua família é associada com a cultura
voodoo, causando estranhamento nas outras amigas, e fazendo com que
uma decida ir atrás de coisas ruins dentro dessa cultura.
que foi enterrado vivo em 1962, sendo desenterrado e ficando em um
estado parecido como um zumbi (ele consegue andar, mas não consegue
falar e nem comer). Ele é escravizado e obrigado a trabalhar em plantações
de açúcar. Um dia, ele consegue comer um pedaço de frango de um de
seus chefes. Com isso, ele retoma sua consciência e sai de seu estado
zumbi, fugindo para reencontrar sua esposa. Enquanto isso, 55 anos depois,
Mélissa (Wislanda Louimat), descendente desse mesmo haitiano, faz
amizade com um grupo de meninas em sua escola. Elas rapidamente se
aproximam e Mélissa revela que sua família é associada com a cultura
voodoo, causando estranhamento nas outras amigas, e fazendo com que
uma decida ir atrás de coisas ruins dentro dessa cultura.
Propondo uma análise de como o racismo estrutural está enraizado na cultura
mundial, ao introduzir o voodoo na vida desses personagens, a maioria o
observa como algo demoníaco, algo ruim, algo a ser temido. Mas na medida
em que a personagem Mélissa vai destrinchado para suas amigas a história
de sua família e de seus ancestrais, um novo olhar sobre o tema acontece.
É explicitamente a história provando que você precisa conhecer algo antes
de julgá-lo. Tal como na cultura brasileira, religiões de matrizes africanas
são constantemente atribuídas a coisas ruins. Outro detalhe interessante,
é que uma dessas amigas, Fanny (Louise Labeque), se interessa pelo
voodoo por causa de um desejo de esquecer um amor perdido.
Ela não consegue lidar com a dor e procura no voodoo, alguma forma de
fazer essa dor ir embora. Mas ela acaba mudando seu interesse para
recuperar esse amor ao invés de esquecê-lo, causando consequências
irreparáveis para ela e para pessoas ao seu redor.
mundial, ao introduzir o voodoo na vida desses personagens, a maioria o
observa como algo demoníaco, algo ruim, algo a ser temido. Mas na medida
em que a personagem Mélissa vai destrinchado para suas amigas a história
de sua família e de seus ancestrais, um novo olhar sobre o tema acontece.
É explicitamente a história provando que você precisa conhecer algo antes
de julgá-lo. Tal como na cultura brasileira, religiões de matrizes africanas
são constantemente atribuídas a coisas ruins. Outro detalhe interessante,
é que uma dessas amigas, Fanny (Louise Labeque), se interessa pelo
voodoo por causa de um desejo de esquecer um amor perdido.
Ela não consegue lidar com a dor e procura no voodoo, alguma forma de
fazer essa dor ir embora. Mas ela acaba mudando seu interesse para
recuperar esse amor ao invés de esquecê-lo, causando consequências
irreparáveis para ela e para pessoas ao seu redor.
Num geral, Zombi Child é um bom filme. Tem propostas interessantes e
consegue levantar as questões que se propôs. Entretanto, a história demora
a se desenrolar e revelar o que realmente é. Durante os créditos,
descobrimos que pessoas eram enterradas e desenterradas no passado,
de fato. Fazendo com que todo o filme se torne mais pesado do que
acabamos de ver.
consegue levantar as questões que se propôs. Entretanto, a história demora
a se desenrolar e revelar o que realmente é. Durante os créditos,
descobrimos que pessoas eram enterradas e desenterradas no passado,
de fato. Fazendo com que todo o filme se torne mais pesado do que
acabamos de ver.
Eita! Eu admito que ainda não tinha lido ou visto nada sobre este filme, mas ler o final da crítica me fez arrepiar..rs
ResponderExcluirMesmo não sendo um filme que faça muito meu estilo(eu sou medrosa), as questões abordadas são bem interessantes e pertinentes, por isso, quando puder, verei sim!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Achei a proposta desse filme bem interessante, religiões que sofrem bastante preconceito tendem a aparecer mais em filmes de terror, mas esse filme parece trazer uma pegada diferente, e me deixou bem curiosa para assistir
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