sexta-feira, 8 de maio de 2020

[Resenha] Uma Chance para Lutar @intrinseca


Título Original: A Fighting Chance
Título no Brasil: Uma Chance para Lutar
Autora: Elizabeth Warren
Tradução de Teresa Dias Carneiro
Nºde págs: 398
Lançamento no Brasil: 2016
( A 1ª edição tem outra capa, a minha é a edição de 2020)
#25

Certamente o nome acima não lhe é muito familiar. Se eu pedir para você citar uma importante política americana você certamente diria "Hillary Clinton". Afinal, ex primeira-dama, senadora e principal rival do atual presidente americano Donald Trump, é de fato a figura mais famosa para nós brasileiros.
Mas, para os americanos, e principalmente os eleitores da senadora Elizabeth Warren -  provavelmente seria uma candidata às eleições americanas para presidência desse ano mas em 5 de março ela endossou Joe Biden  ( ainda não temos dados concretos por causa da pandemia mas ele derrubou Bernie Sanders que era favorito) - do Partido Democrata, o mesmo de Hillary e Barack Obama, a história dela inspira muito. Aliás, sempre faço questão de deixar registrado que o Partido Democrata não é a esquerda americana, na verdade é o contrário do que pensam os que desconhecem o sistema político americano. Ele é  um partido de centro, mas com correntes de direita e de esquerda (caso de  Bernie Sanders, citado acima). Muita gente acusa Donald Trump, por ser isolacionista, que  é protecionista em relação aos negócios americanos, vide que recentemente ele poribiu empresas americanas como a 3M de produzirem máscaras para outros países que não fossem os EUA. E, de fato, é. Mas os democratas também são protecionistas, ainda que, no geral, não sejam isolacionistas. Nas questões sociais e comportamentais, o Democrata é considerado mais avançado do que o Partido Republicano. Mas isso é assunto para um vídeo de 3 horas e eu optei por fazer essa resenha no formato escrito, então vamos continuar. 

Amo livros de política e ver mulheres fortes ocupando cargos outrora somente ocupados por homens já me deixa com um sorriso no rosto.
Sei na política brasileira nossa única presidente mulher não deixou boas recordações para maioria de nós, mas não podemos desistir de mostrar ao mundo o quão capazes somos. 

Entendo que há uma parcela da população que veja livros como esse como um palanque, já que essa é a história escrita por ela mesma, não teve um biógrafo, e livros autorizados são sempre aqueles onde o protagonista conta sua versão da história e sempre a parte em que ele tem interesse de ser contada, quando muitos leitores imploram pelo não contado, exatamente o que não se quer que saibam.
Esse livro quando lançado em 2016 chegou a ser oferecido gratuitamente pelo partido, o que por si só já o faz uma "arma política" e que alguns sejam contrários a sua leitura. Ouso dizer que é como dar ingressos na Igreja Universal para os fiéis do Bispo Macedo para assistirem o filme que conta sua história, mais uma vez, como é lugar comum, o que ele quer mostrar dela, nem sempre a verdade dos fatos, mas sua versão e sua melhor história para si mesmo. Ainda assim, achei o livro interessante, visto que eu já sabia quem ela era, mas queria entender o fascínio que as pessoas tem em sua história, e pude compreender de forma muito satisfatória. 
Warren teve destaque nas eleições de 2016 de Hillary Clinton, mas o que ela conta aqui é sobre o seu papel desempenhado an crise financeira. 
Uma das maiores lutas de Warren foi pela criação do Conselho de Proteção Financeira do Consumidor. Ela conseguiu que o então representante Barney Frank, presidente do Comitê de Serviços Bancários e Financeiros, o incluísse no projeto de reforma financeira de Dodd-Frank. O presidente Obama nomeou Warren como  diretora interino.
Mesmo apoiando Obama, ela não teve o papel que esperava no mandato dele, ainda que não o ataque, a mídia americana sabe que ela ficou bastante decepcionada com ele ter nomeado outra pessoa para a vaga que ela queria. 
Se procurarmos no Wikipédia, a primeira coisa que encontraremos sobre ela é que Elizabeth Ann Warren ( Oklahoma City, 22 de junho de 1949) é uma política e jurista norte-americana. Filiada no Partido Democrata, é senadora dos Estados Unidos pelo estado de Massachusetts desde janeiro de 2013, bem como pré-candidata a presidente dos Estados Unidos para a eleição de 2020. Politicamente progressista, como senadora se concentrou em temas relacionados com a proteção do consumidor, oportunidades econômicas e a segurança social. Anteriormente, foi professora de Direito, especializada em Direito falimentar.*
Ela foi a 1ª senadora mulher pelo estado de Massachussets, o que por si só já é um grande feito.

Logo no início do livro ela conta sua história familiar, uma que serve de exemplo ao que os Estados Unidos é conhecido, a terra dos sonhos, já que seus pais eram muito humildes e ela agradece todas as oportunidades que teve na vida para chegar onde está.
Seu estudo e causa mais famoso é o de defender o não endividamento de famílias, já que há todo um processo de enriquecimento de bancos e outros órgãos com o endividamento do americano, o mais humilde, sua tese e sua luta ajudaram muitas pessoas a se livrarem de ficarem devendo pelo resto de suas vidas.
A senadora é extremamente voltada para sua família e em seu texto é visível o como os valores de uma mulher que se divide entre seu trabalho e filhos ( agora netos) ganha espaço em suas causas.
Eu gostei muito do livro, e indico a todos que se interessem por política norte-americana ou por mulheres em cenários políticos.
Inspirador, sem nenhuma sombra de dúvida. 

*Trecho retirado do Wikipédia
*Livro recebido em parceria com a Editora Intrínseca 

2 comentários:

  1. Eu também faço parte do time de pessoas que admiram mulheres fortes e certamente estamos diante de uma.
    E mesmo sendo meio nariz torcido para livros com temas políticos, penso que hoje em dia, não dá mais para viver alienado(a) no cantinho e fazendo cara de paisagem.
    Passou da hora de arregaçar as mangas e lutar pelo que acreditamos!!!
    Se tiver oportunidade, quero sim, conferir!!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  2. Raffa!
    Independente de se ela escreveu ou não o livro como plataforma política, acredito que como mulheres que se orgulham de outras mulheres que se destacam, em qualquer área, devemos apoiá-la e aprender com sua história de vida.
    Acredito que seja uma ótima leitura.
    cheirinhos
    Rudy

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