quinta-feira, 4 de março de 2021

Menina que via filmes: Lucicreide vai pra Marte

 


Título Original: Lucicreide vai para Marte

País; Brasil

Ano: 2021 ( lançamento)

Direção: Rodrigo César

Produção: Fabiana Karla, Rodrigo César e Tom Nogueira

Produção Executiva: Tom Nogueira

Coprodução: Fox Filmes, Telecine e Globo Filmes

Direção de Fotografia: Julia Equi

Direção de Arte: Ula Schliemann

Figurino: Chris Garrido

Montagem: Walter Klecius e PH Farias

Montagem Adicional: Çarungaua

Supervisor de Efeitos Visuais: Marcelo Vaz

#77

Elenco Principal: Fabiana Karla (Lucicreide), Adriana Birolli (Luana), Cacau Hygino (Padre João), Ceronha Pontes (Rosa), Lucy Ramos (Comandante Lee), Bianca Joy (Débora), Renato Chocair (Arnaldo), Isio Ghelman (Watson), Isaac du Vine (Jaciel)

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Hoje estreia nos cinemas brasileiros o novo filme de Fabiana Karla, comediante famosa que criou a personagem Lucicreide no Zorra Total (TV Globo). A empregada que veio do nordeste, tem pouco estudo e é abandona pelo marido com cinco filhos ainda criança. 
Há obviamente uma identificação de parte do público com a mulher que precisa tomar conta dos filhos em idades diferentes e cuidar da casa alheia para manter a sua própria casa com as contas pagas. Quem não se comoveria com isso? A história das mulheres nordestinas que vem tentar uma vida melhor no sudeste, é  a cara de Lucicreide, mas apesar de soar como homenagem o excesso de piadas sobre como ela é desinformada chegando a ser várias vezes mal educada nos lugares públicos e com as pessoas, não me agrada, e não acho que seja tão bacana assim homenagear um povo demonstrando sua ignorância por falta de oportunidades. Por isso só, a personagem não me ganhou totalmente e tive muita dificuldade de gostar do longa. 

Preciso aqui lembrar para quem não sabe que eu sou neta de nordestino, sempre aprecio produções que fogem dos personagens sudeste, mas Fabiana Karla, a meu ver, exagera na dose, forçando sorrisos a cada instante mas vindo com esquetes um tanto quanto desnecessários. 
Tudo está perdido? Não. Ela trabalha muito bem, e as cenas onde há confusão do inglês com o nosso idioma são ótimas. Os diálogos dela com uma sogra nada honesta também valem a pena. Mas infelizmente temos pouco disso em tela.
Lucicreide tem como patrão um homem que trabalha para NASA,  -e por favor não tente acreditar em nada do que acontece no roteiro, porque entendo que usaram todo o direito de expressão, mas pode incomodar quem não curta muito roteiros fantasiosos - e que de tão ocupado dá pouca ou nenhuma atenção ao filho pequeno. 
Ele é responsável por apresentar candidatos para uma missão espacial nos Estados Unidos que levará somente uma pessoa escolhida do grupo à Marte, mas há um detalhe importante: a passagem é somente de ida, a pessoa não retornará à Terra.
De um jeito bem difícil de acreditar Lucicreide é escolhida, e ela topa porque está cansada de cuidar dos filhos e de hospedar sua sogra que é insuportável.
A escolha dos candidatos foi algo que gostei, uma moça chamada Luana  que é influenciadora - interpretada por Adriana Birolli - mas suas campanhas nunca mostram seu rosto, um homem( interpretado pelo sempre ótimo Fernando Ceylão) que viu um vídeo seu vexatório ser viralizado e quer sumir do planeta, além de um padre e outros candidatos formam o time que viaja para NASA para disputar essa vaga.
Há participações especiais no mínimo curiosas, o que me faz perguntar qual ano o filme foi gravado. Já que o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo de Jair Bolsonaro, faz uma ponta como um astronauta que vai recebê-los. Como sabemos, ele assumiu a posição desde o dia 1º de janeiro de 2019,  o que não permite que ele apareça em produções do gênero. Outro que fica difícil aguentar pelo ranço tomado em atitudes na pandemia e trabalha tão mal que dá vontade de acelerar a cena, é Carlinhos Maia. 

No final, o filme não me agradou, as comédias nacionais nem sempre acertam o tom, parece quem tem preguiça de criarem roteiros mais interessantes, esse filme no caso pode até divertir alguns, mas não foi meu caso.

*Longa assistido na cabine on-line à convite da Assessoria


2 comentários:

  1. Então rs
    Só de saber que des ministro não se de que e pra que,está ali, dei uma torcidinha de nariz.
    Aí vem antes o exagero nas piadas que nem sempre são piadas. Vem esse tal influencier que fez meleca demais na pandemia, não funciona.
    Não digo que não verei, mas já sei que vou achar ruim!
    Beijo

    Angela Cunha

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  2. Raffa!
    Como nordestina e por conhecer um pouco da Fabiana Karla, acredito que esse tom mais 'ignorante', deve ter sido uma crítica bem humorada, porque infelizmente grande parte da poupulação do sul e sudeste, vê o nordestino assim: burro, ignorante e chucro.
    Acredito que a participação do atual Ministro foi anterior a assumir o posto no governo da Coisa...
    cheirinhos
    Rudy

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