Menina que via filmes: Saura

Título Original: Saura

País: Espanha

Ano:2017, 

Gênero: documentário

Duração: 86 minutos

Censura:  livre

Direção: Felix Viscarret

Com Carlos Saura Medrano, Antonio Saura, Shane Saura Chaplin

#171

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Sinopse: 

O filme é o lindo resultado de um esforço do diretor Félix Viscarret em fazer um retrato íntimo do lendário cineasta espanhol Carlos Saura, mas o próprio Saura – que não gosta de falar de seu passado –, deixa as mais preciosas revelações por conta dos seus sete filhos.

 

O quanto é incrível para quem ama um cineasta ou estuda cinema ver algo como esse documentário? Carlos Saura tem 89 anos hoje, a primeira vez que ouvi falar dele foi por causa do famoso longa Carmen, de 1983 que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

É curioso observar a forma que o diretor encontrou de homenagear Saura, somos apresentados à ele em sua casa enquanto pinta um quadro, discute sobre suas próximas viagens, se aceita dar entrevistas em outro idioma e parece avesso à grandes badalações. 

É o retrato íntimo do artista mesmo que nem todas as respostas feitas sejam respondidas, isso acontece porque o artista é puro magnetismo em tela, e para quem conhece suas obras a fundo ou o admira poderá ver isso como algo charmoso, já que o suspense em não se desvendar totalmente seus pensamentos e formatos de filmar fazem dele um mistério que queremos ir a fundo. 

Mas como filmar alguém que não gosta de falar de si mesmo e que em todas as entrevistas cita que odeia abordar seus próprios sentimentos? De uma forma que não cansa o espectador, o documentário passeia pelo dia a dia de Saura como se visitássemos um amigo de poucas palavras para alguns assuntos e de muitas para o que ele gosta de abordar. E isso faz com que assistir ao documentário seja também uma surpresa até mesmo para quem acha que o conhece bem por assistir seus filmes. Apesar de ter dirigido crianças em seus filmes, um de seus filhos cita no documentário que ele é muit0o melhor pai para eles agora que são adultos do que quando eram crianças. Ou seja, dirigir crianças não é mesmo a mesma coisa do que criá-las. 

Para um homem que diz que odeia voltar ao passado e evita ver seus filmes novamente, até que Felix Viscarret conseguiu tirar leite de pedra. 

*documentário assistido em cabine on-line à convite da Assessoria.

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