Espírito Indomável, um filme de Stephen Campanelli, conta a história de Saul (Sladen Peltier, Forrest Goodluck, Ajuawak Kapashesit), um menino indígena que é tirado de perto da família e enviado para um internato católico, onde seria educado - tanto no sentido escolar quanto no sentido religioso. No internato, Saul se aproxima do padre Gaston (Michiel Huisman) e descobre no hockey uma paixão e talento. Saul começa a jogar e se destaca, o que chama a atenção de olheiros. Logo ele sai do internato e entra para um time de indígenas chamado Moose e, mais tarde, tem a oportunidade de ir para times maiores e construir uma carreira no esporte. Se ao menos ele conseguisse lidar com seus traumas…
Senti falta de um desenvolvimento mais profundo do personagem principal, talvez explorá-lo em algumas situações que não envolvessem só o hockey e o preconceito que a população indígena sofre. O filme inteiro girar em torno apenas disso fez com que o personagem se tornasse um pouco raso.
A história traz uma narração na medida certa e, ao final, ao mesclar a voz de Saul adulto, que narra o filme inteiro, com a voz do Saul criança mostra como a nossa criança ainda vive dentro da gente. E que é preciso cuidar dela porque ela ainda na nossa vida adulta tem o que dizer.
Apesar de um pouco cansativo por tratar apenas de um único tema na vida do personagem, o filme é muito potente nas reflexões que traz. Nos faz pensar sobre o impacto dos traumas na nossa vida, como eles influenciam nas nossas escolhas e como é perigoso tentarmos nos definir pelos traumas que temos. É doloroso ver o preconceito que o povo indígena sofre, como se fossem menos humanos por terem a etnia que tem e como precisam ser “educados” para estar em sociedade.
Espírito Indomável é uma
dolorosa, mas necessária história para pensarmos quem estamos sendo como sociedade,
para pensarmos como nossas ações e palavras afetam as pessoas. É uma história
que mostra a importância de se respeitar a origem do outro. Por fim, uma frase
que é falada na narração logo no início do filme e que ficou comigo foi: você
não consegue entender pra onde está indo se não consegue entender de onde veio.
*Filme assistido em cabine on-line à convite da Assessoria
*O filme está disponível no Cinema Virtual . Para assistir, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.
Também estão disponíveis no Cinema Virtual os seguintes filmes: O Pombo – Um Refúgio para Sobreviver, Gundala: A Ascensão de um Herói, Entre Irmãos, Sem Suspeitas, A Deusa dos Vagalumes, Rainha de Espadas, A Pequena Guerreira, Mentira Nada Inocente, 1942: A Batalha Desconhecida, Quem Matou Lady Winsley?, Amores Rebeldes, Fassbinder: Ascensão e Queda de um Gênio, O Lado Engraçado da Vida, A Vida Sem Você, 100 Dias de Resistência, Apenas Nós, No Fio da Navalha, Tocados Pelo Sol, Uma Mulher Contra um País, Vida de Campeã, Terras Perigosas, O Poder da Voz.
Tipo de filme que inspira!!Ainda mais com essa causa indígena sempre tão difícil aqui no nosso país. Eles sempre foram donos de tudo e hoje, precisam lutar para ter um lugar para morar e viverem :/
ResponderExcluirTá, que o filme é outra coisa rs mas verei sim, com toda certeza, assim que for possível!!!
Beijo
Angela Cunha
Não me deu muita vontade de assistir, apenas da importante abordagem sobre as diferenças de raças e o respeito necessário.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Que história!
ResponderExcluirÉ sobre pertencer!
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