Menina que via filmes: Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

 

Título Original: Spider-man: No Way Home

Título no Brasil: Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

País: Estados Unidos

Ano: 2021

Direção: Jon Watts

Roteiro: Chris McKenna, Erik Sommers

Elenco: Tom Holland, Zendaya, Benedict Cumberbatch, Marisa Tomei

Nota: 5

                                                                🎬🎬🎬🎬🎬

por Amanda Gomes

Precisando lidar com o fato de ter tido sua identidade secreta revelada para o mundo todo, Peter Parker também precisa conciliar o impacto que isso acaba gerando em sua vida mundana de adolescente. Com muitos dividindo opiniões sobre se o Homem-Aranha é de fato um herói ou um vigilante assassino, Peter acaba se deparando com perseguições da mídia, da polícia e com as portas de grandes universidades se fechando para ele e seus amigos. 

Sentindo-se culpado e responsável por suas decisões que acabam respingando no futuro de MJ e Ned, Peter resolve buscar ajuda com ninguém mais que Doutor Estranho. Ele quer que todos esqueçam que Peter Parker e Homem-Aranha são a mesma pessoa, mas dividido entre querer ser esquecido e preservar a memória das pessoas queridas que o cercam, suas dúvidas acabam atrapalhando o feitiço e gerando um conflito com o desconhecido. 

O multiverso acaba sendo aberto e trazendo para a realidade atual alguns personagens já conhecidos pelo público, causando um grande caos já que não só os olhos do mundo estão voltados para o Homem-Aranha mas também os dos recém chegados. 

“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” é um filme impactante, não há outra palavra que possa descrevê-lo. Com um roteiro feito para agradar fãs e críticos, entrega uma história muito bem montada, ponto esse muito positivo se levarmos em questão a quantidade de participações especiais que já tinham sido anunciadas e que poderiam acabar gerando furos de roteiro, ou uma enorme farofa bagunçada. Entretanto, foi totalmente o oposto, as narrativas foram muito bem apresentadas, desenvolvidas e finalizadas. Assim como a introdução feita ao multiverso. 

O filme está com efeitos especiais incríveis e cenas de ação de tirar fôlego, fazendo com que o público fique agarrado a poltrona, tamanha é a expectativa e ansiedade geradas com o desenrolar da história. E ao contrário do que se espera de um filme do Homem-Aranha e da já tão conhecida fórmula Marvel, a produção tem sim suas cenas de humor e descontração, ao mesmo tempo em que também traz um tom dramático, melancólico e nostálgico. E arrisco a dizer que, esta foi sem dúvidas a melhor atuação de Tom Holland vivendo o super herói. 

É nítido que o roteiro foi pensado para deixar ganchos e introduzir o multiverso nessa nova fase cinematográfica da Marvel, mostrando que eles não estão para brincadeira. É por meio dele que começamos a ter um deslumbre para onde tudo está caminhando, qual os personagens que vão tomar a frente após o fim da formação original dos Vingadores e qual a importância das séries que foram lançadas ao longo deste ano.

É difícil colocar em palavras a experiência que esse filme transmitiu, mesmo não tendo acompanhado todas as produções anteriores do herói, isso não tornou o longa menos impactante já que muita coisa pode ser pega no contexto. Fora a energia surreal que fica na sala conforme o público vai acompanhando o desenrolar da história, algo que eu não experimentava desde o lançamento de “Vingadores: Ultimato”, tenham em mente que é exatamente esse o nível de entrega do novo lançamento. 

No mais esse é um filme para ser visto no cinema o máximo de vezes possíveis, pois uma só não é o suficiente para sentir que absorvemos tudo o que foi apresentado. E uma dica: não saiam da sala até que as luzes se acendam e vocês vejam o símbolo da SONY.

*Amanda Gomes é nossa colunista e assistiu ao filme em cabine de imprensa à convite da assessoria.