Menina que via filmes: O desejo de Charlie

 

Título Original: Charlie’s Christmas Wish

Título no Brasil:  O Desejo de Charlie

País: EUA

Ano: 2020

Direção: Sue Ann Taylor

Elenco: Aiden Turner, Toni Hudson, Vernon Wells, Lindsey McKeon, Jay M. Brooks, Walker Hudson Mintz, Lindsay Bloom, Richard Tyson, Tim Cavender

Nota 3/5

por Giselle Magno

Sabe aquele filme com muita cara de estar passando na tv da sala no dia de Natal com toda a família reunida? “ O desejo de Charlie” passa exatamente essa sensação.

Charlie é uma linda poodle que logo no início do filme é adotada por Jimmy, um menino muito bonzinho, mas que queria muito uma companhia que acha na cachorrinha. E já ficamos sabendo que Charlie foi enviada por Deus numa missão para melhorar a vida não só de Jimmy, mas de como todas as pessoas ao redor do menino.  Ao longo do filme, ela vai ouvindo a voz que pertence a Deus e assim ela vai sendo guiado a ajudar cada pessoa de uma maneira diferente.

Quando o filme começou acreditei que a narrativa iria se focar na volta do pai de Jimmy, John. Ele é um militar que voltou antes devido a stress pós traumático e tem muita dificuldade em se adaptar a vida ali na cidade, tratando a esposa, o filho e Charlie bem mal no caminho. Porém, por volta da metade do longa, a narrativa se expande para englobar também a história de Henry, um senhor solitário que é uma figura de avô para Jimmy e um grupo de ex militares que não consegue se adaptar a vida fora do serviço militar.

Nessa mistura também tem alguns momentos bem destoados de humor com pessoas escorregando em comida e uma dupla bem atrapalhada de policiais que passam o filme todo perseguindo cachorros sem coleira.

Confesso que tive dificuldade em aceitar as muitas histórias que o filme queria incluir em sua narrativa. Por isso, fui de mente aberta e tentei encarar o longa como o que creio que foi a intenção da direção, que é de um filme leve para a família toda, mas que mesmo assim tivesse uma mensagem para quem estivesse assistindo.

Fica claro que a maior mensagem que o filme quer mostrar é a dificuldade que os veterenos têm em  voltar a viver em comunidade, muitas vezes preferindo se isolar da família e amigos, pois creem que irão atrapalhar a vida de todos.

O problema é que todos as situações que o filme aborda são apresentadas de maneira superficial, algumas até esquecidas pelo caminho e as soluções são todas bem infantis de tão simples e perfeitas que são. Além disso, as atuações deixam muito a desejar, fica bem difícil comprar o que cada personagem quer passar.

Porém, creio que as soluções fáceis e milagrosas eram intencionais. Pois, como disse no início, “O desejo de Charlie” é o típico filme natalino. Um em que tudo se resolve em cinco minutos e serve para nos dar aquele sorriso no rosto e esperança de dias melhores e como posso não querer isso para todos?

Sendo assim, “O desejo de Charlie” é um filme despretensioso, cheio de falhas, mas que cumpre seu papel de filme natalino. Creio que é uma boa pedida para toda a família. 

*Cabine on-line à convite da A2 Filmes

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