Menina que via filmes: Agente das Sombras

                                                           Título Original: Blacklight

Título no Brasil: Agente das Sombras 

País: Estados Unidos

Ano: 2022

Direção: Mark Williams

Roteiro: Mark Williams, Nick May

Elenco: Liam Neeson, Aidan Quinn, Taylor Joy Smith

Nota: 3/5

por Amanda Gomes

Travis Block é um homem paranoico e metódico, devido aos seus anos de trabalho como “consertador” autônomo do governo. Ele trabalha diretamente para o diretor do FBI, tendo como atribuição extrair agentes de situações ocultas. Seu trabalho lhe custou o casamento e anos de proximidade com a sua filha, mas agora ele pretende reverter essa situação tentando passar mais tempo com a neta.

No entanto, enquanto pensa em se aposentar, Travis acaba tomando conhecimento de um programa sombrio chamado Operação Unidade, que está matando cidadãos comuns que apresentam uma “ameaça” que só Robinson, o chefe do FBI, conhece. Precisando de ajuda para obter mais informações sobre o tal programa, ele conta com a ajuda de uma jornalista que está investigando esses misteriosos assassinatos. 

Além de lidar com agentes altamente treinados, Travis também vai precisar se preocupar com sua filha e neta que estão sendo usadas como retaliação contra ele. Vai ser preciso salvar as pessoas que ama enquanto luta para expor a verdade para uma chance de redenção.

“Agente das Sombras” nos fornece tudo o que é esperado de um filme com Liam Neeson como protagonista: explosões, muitas cenas de ação, tiroteios e perseguições. É a típica fórmula já conhecida dos filmes que o ator interpreta, o que não é algo ruim quando conta com um roteiro bem trabalhado, o que não é exatamente o caso deste em questão. Temos aqui uma narrativa um pouco mais lenta, em que as peças do quebra-cabeça demoram um pouco mais para se juntarem, enquanto as cenas de luta são utilizadas como artifício para prender a atenção. 

Travis Block é claramente um anti herói, o que acabou me incomodando um pouco e me fazendo questionar, como um homem podia acatar algumas ordens tão cegamente e não questionar o que estava fazendo. O que me fez criar um pouco de simpatia por ele e comprar a sua história de pobre homem enganado pelo chefe, foi a relação dele com a filha e a neta. 

Apesar de possuir um tempo relativamente curto em comparação com as produções que andam sendo lançadas hoje em dia, o filme acaba por ser um pouco cansativo, eu queria saber como determinadas coisas iriam se desenvolver ao mesmo tempo em que não foi despertada aquela curiosidade avassaladora. O final também pode ser descrito como simplista, tendo em vista toda a trama que foi construída ali. 

Contudo, para quem é fã das produções estreladas por Neeson ou que curte umas cenas de perseguições bem feitas, é um filme que vale a pena conferir. Um rápido e gostoso passatempo para quem procura algo para assistir no fim de semana talvez.

*Cabine presencial à convite da assessoria

*Amanda Gomes é nossa colunista voluntária