A premiada obra literária da escritora Lygia Fagundes Telles, que morreu no domingo, 3, aos 98 anos, é tema de episódios de duas séries documentais — "Imortais da Academia" e "Mestres da Literatura" — que podem ser vistas nas plataformas de streaming TamanduaTV (tamandua.tv.br), Curta!On – Clube de Documentários no NOW (da Claro/NET) e na internet (curtaon.com.br). Celebrada por seus romances e contos, Lygia foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e ganhadora dos mais importantes prêmios de literatura em língua portuguesa, como o Jabuti e o Camões.
No episódio "Cadeira 16: Gato na cadeira de veludo azul", da série "Imortais da Academia", os escritores Antonio Dimas e Lya Luft dão depoimentos sobre o estilo de Lygia. "Por que ler a Lygia?", pergunta Lya, para responder em seguida: "Primeiro para ter uma extraordinária e encantadora lição de linguagem. Você começa a amar mais a sua língua, se ler a Lygia. Segundo, para penetrar num universo em que se vasculha a alma humana de uma maneira muito perspicaz, muito sofisticada, muito fina e muito humana". Por sua vez, Dimas chama atenção dos leitores para o foco das narrativas: "Ela vai no detalhe. Esse narrador da Lygia vai sempre no mais inesperado". A série, de 2018, é dirigida por Belisario Franca.
No episódio batizado com o nome da escritora na série "Mestres da Literatura", de 2007, conhecemos mais da biografia de Lygia, desde os tempos de estudante, vemos trechos de entrevistas dadas por ela a canais de TV e acompanhamos sua carreira desde o lançamento do primeiro livro de contos. No início dos anos 1940, ela fez faculdades de Educação Física e Direito e podemos ouvir, em suas próprias palavras, a influência que essa educação teve sobre sua escrita: "Eu aprendi muito na Faculdade de Direito sobre as desigualdades sociais, os sentimentos de justiça e liberdade". Em seu primeiro romance, "Ciranda de Pedra", ousou ao colocar uma personagem lésbica. O ano era 1954. "Eu era muito jovem quando escrevi 'Ciranda de Pedra'. Eu estava casada nesse tempo e perguntei ao meu marido... tem tanto preconceito com as lésbicas... e ele disse: mas ela é? Então, siga adiante!", conta Lygia numa das entrevistas resgatadas pelo diretor da série, Bruno Carneiro.
Fotos: https://drive.google. |
Sobre o Grupo Curta! O Grupo Curta! tem como missão a difusão de conteúdos audiovisuais relevantes nas áreas de artes e humanidades, sejam brasileiros ou estrangeiros, através da TV linear (canal CURTA!), de plataformas de streaming de operadoras de telecom e da internet. A curadoria de conteúdos é, portanto, o motor central do grupo e foi uma das que mais aprovaram projetos originais para financiamento da produção pelo Fundo Setorial do Audiovisual: já foram mais de 120 longas documentais e 800 episódios de 60 séries que chegam ao público em primeira mão através de suas janelas de exibição:
O canal Curta!, linear, está presente nas residências de mais de 10 milhões de assinantes de TV paga e pode ser visto nos canais 556 da NET / Claro TV, 75 da Oi TV e 664 da Vivo Fibra, além de em operadoras associadas à NeoTV;
O Curta!On, o novo clube de documentários do NOW da Claro, conta com mais de 450 filmes e episódios de séries documentais, organizadas por temas de interesse como Música, Artes, MetaCinema, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mitologia e Religião, Sociedade e Pensamento. Há também pastas especiais com novidades – que estreiam a cada mês –, conteúdos originais exclusivos, biografias, além de uma degustação para quem ainda não é assinante do serviço.
A Tamanduá TV, plataforma marketplace aberta para qualquer internauta, já reúne mais de quatro mil conteúdos. O usuário pode alugar filmes e séries específicos ou assinar de forma econômica um dos pacotes que contêm conteúdos segmentados por área de interesse: CineBR, CineDocs, CineEuro, CurtaEducação (para professores e estudantes do Ensino Médio e Enem), MetaCinema (para aficcionados e estudantes de Cinema), entre outros. Os
As atividades do Grupo Curta! também promovem a geração de royalties para produtores audiovisuais independentes, com a exploração de seus direitos audiovisuais nas diferentes janelas de streaming. O pacotes Cines da Tamandua TV e do Curta!ON estão repassando anualmente mais de R$ 1,5 milhão de reais em royalties para os produtores dos conteúdos que difunde. |
A única coisa que penso quando mortes assim acontecem é no legado que a pessoa deixou.
ResponderExcluirEsse é sempre meu maior questionamento. O que pessoa fez? O que ela deixou?
E Lígia deixa um imenso legado de sabedoria, simplicidade, respeito e ensinamentos.
Viveu até o último suspiro só sendo ela, única, à frente e exemplo.
Beijo
Angela Cunha
Uma perda irreparável mas a obra de Lygia é imortal e jamais será esquecida
ResponderExcluirUma grande perda, que descanse em paz.
ResponderExcluirUma grande perda.
ResponderExcluirMas na verdade escritores nunca morrem, pois suas obras os tornam imortais.
Danielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br