Título original: American Violence
Título no Brasil: No rastro da violência
Ano: 2017
País: EUA
Elenco: Kaiwi Lyman, Bruce Dern, Denise Richards
Nota 2/5
por Giselle Magno
“No rastro da violência” é um filme difícil de entender o que ele quer dizer. Ele começa com a palestra da Doutora Amanda Tyler, uma psicóloga que estuda a origem da violência. Logo no inicio ela apresenta um discurso pró pena de morte, motivado pela perda de seu marido. Ela acredita que muitos crimes podem ser evitados dessa maneira.
Então, ela é chamada para revisar o caso de Jackson Shea, que está no corredor da morte. O presidiário começa então a contar à doutora sua história de vida para que ela possa tirar sua conclusão acerca de sua pena, se é justa ou não. E assim Jackson começa a narrar uma vida cheia de violência e abusos.
O grande problema desse longa é que ele se propõe a discutir muitos assuntos sérios e pesados, porém não se aprofunda em nenhum deles. Mais parece uma longa história de ação sem sentido do que um filme que discute a legitimidade da pena de morte.
Fica muito difícil comprar as atuações do filme, que na maioria das vezes beiram o cômico de tão falsas e forçadas. Além do roteiro que não ajuda em nada. O protagonista tem uns saltos na história que não fazem sentido. Em um momento ele é um jovem delinquente, no seguinte ele é especialista em cofres, computadores e afins. Não tem problema nenhum em o personagem sofrer essas mudanças, porém o filme não mostra nem indica nenhum momento em que ele poderia ter aprendido essas habilidades, é apenas esperado que o telespectador compre essas ideias sem pé nem cabeça.
E como você não consegue “comprar” a história que Joshua está contando, o filme perde todo o sentido. Creio que ele se valeria muito mais se fosse um filme de ação nos moldes de “John Wick” do que a maneira que ele é feito, como uma discussão sobre pena de morte. Já que os assuntos tratados mereciam muito mais atenção do que o longa se propôs. Uma pena pois o filme tinha bastante potencial.
A impressão que passa é que algumas cenas só foram colocadas para chocar a audiência já que não têm função narrativa nenhuma. O que nunca acho que é uma boa ideia.
Recomendo assistir ao filme esperando um filme de ação e um daqueles bem difíceis de acreditar. E não um filme que discute temas sensíveis para criar reflexões.
Um filme com um tema tão forte e controverso como esse precisa de embasamento e profundidade, não dá pra se isentar disso.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Uma dica que causa uma certa estranheza. Até pelo título. Acho que a abordagem teria sido melhor se fosse feita sobre os assuntos mesmo, aprofundando, pois oh, assunto não faltaria!
ResponderExcluirMas vou ver sim, ao menos, por curiosidade!
Beijo
Angela Cunha
Gente do céu... poderiam ter escolhido só um tema e ter aprofundado nele.
ResponderExcluirE pela postura dos protagonistas na foto, parece, pra mim, que tentaram fazer um casal