Título Original:Carro-Rei
Roteiro: Sérgio Oliveira, Renata Pinheiro, Leo Pyrata
Elenco: Matheus Nachtergaele, Luciano Pedro Jr., Jules Elting, Clara Pinheiro de Oliveira, Tavinho Teixeira, Okado do Canal, Adélio Lima, Ane Oliv
Gênero: fantasia, drama
País: Brasil
Ano: 2021
Duração: 97 min.
Por Raffa Fustagno
Nota: 4/5
"Carro Rei" tem uma sinopse que pode parecer estranha, mas o filme realmente o é. E não imaginem que isso seja algo negativo. Piscar muitas vezes ou mexer no celular pode ser um risco no entendimento dessa narrativa. Digo isso porque assisti em cabine on-line, e em casa geralmente nos distraímos com algo, assumo aqui que voltei algumas cenas. Assistir no cinema deve ser muito melhor, porque ali o comum é estarmos 100% focados no longa.
A sinopse parte da premissa de que é uma fábula sobre a condição humana num mundo cada vez mais antinatural e tecnológico. Quando nossa realidade parece se tornar cada vez menos verossímil, talvez não seja de todo absurdo a possibilidade de se vislumbrar no fantástico uma forma potente de fabulação crítica da realidade. Então vamos tentar entender isso, há um personagem chamado Uno, interpretado por Luciano Pedro Jr, por sinal, muito bom em cena. Influenciado pelo pai que sempre almejou ter uma frota de carro que lhe pertencesse. Aqui entra muito do lado masculino, de que homens são criados para amarem carros, e se interessam por isso desde muito jovens, com ajuda de seus pais ou avôs. Soma-se a esse comportamento o fato de que o rapaz perdeu sua mãe quando ainda era criança.
Há uma figura masculina presente, um tio, interpretado pelo sempre sensacional Matheus Nachtergale, como Zé Macaco, um homem que passa pela estigma de ter pouca inteligência e assim todos falam dele de um jeito debochado.
Se muitas crianças tem amigos imaginários e conversam com eles, Uno também conversa com quem não lhe responde de verdade, mas no caso dele são carros que fazem esse papel. Ele cresce de uma forma fantasiosa, misturando a vida nada leve com o imaginário de ter nos carros seus amigos, só que o grande "segredo" da história é que talvez o que ele faz não seja totalmente imaginação dele, e que outras pessoas que ele conhece também pode ter o, chamaremos dessa forma: dom.
Brilhantemente a história envolve uma lei surreal, criada por um prefeito que obriga os carros velhos a não circularem mais, isso faz com o personagem se revolte junto com o tio e consiga com que va´rias pessoas se unam a eles.
Há sim, toda uma mensagem por trás sobre pessoas que votamos e que portanto deveriam defender os direitos da população, só pensarem em si mesmas após eleitos e não escutarem o que o povo deseja. Mas o roteiro nos brinda com bons momentos que oscilam entre coisas que são muito reais e uma fantasia gostosa de acompanhar.
Por ser filme nacional, e por ter um nome que talvez não atraia muitas pessoas ao cinema, infelizmente acho que o longa não terá todo o sucesso que merece, por falar há 12 anos de filmes para vocês, sempre vejo comentários de pessoas dizendo que se negam a verem filmes nacionais. O que é uma pena, temos ótimos filmes, como esse.
*Cabine on-line à convite da assessoria
Interessante porém não faz meu estilo
ResponderExcluirGostei desse adendo em relação ao celular. Em casa, eu vivo voltando cenas, pois sinto que perdi algo e na maioria das vezes, perdi mesmo!!!
ResponderExcluirMais uma dica que levarei e assim que estiver disponível, verei!!!
Beijo
Angela Cunha
RAFFA!
ResponderExcluirGosto de assistir filmes nacionais, mas depende do assunto.
Como gosto de carros antigos, fiquei interessada.
cheirinhos
Rudy
O cinema nacional ainda é pouco divulgado e aceito, muitas vezes os filmes nem passam na maioria das salas, infelizmente.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Achei que o filme iria abordar mais o assunto do mal uso que fazemos do celular.Pois é o vemos ultimamente perdemos muito tempo fuçando no celular vendo coisas inúteis mas o filme não me chamou a atenção.
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