Menina que via filmes: Elvis

 

Título no Brasil: Elvis

País: Estados Unidos

Ano: 2022

Direção: Baz Luhrmann

Roteiro: Baz Luhrmann, Baz Luhrmann

Elenco:  Austin Butler, Tom Hanks, Olivia DeJonge

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes

Nesta nova cinebiografia de Elvis Presley, iremos acompanhar algumas décadas da vida do artista (Austin Butler) e sua ascensão à fama, partindo do relacionamento do cantor com seu controlador, o empresário "Colonel" Tom Parker (Tom Hanks). Desde o primeiro contato dos dois em um show de calouros até os momentos finais da vida do cantor. 

A história mergulha na dinâmica entre o cantor e seu empresário que por mais de 20 anos controlou a carreira de um dos maiores nomes da música, usando a paisagem e a histórias dos EUA como plano de fundo, mostrando uma constante evolução e a perda da inocência de Elvis ao longo dos anos como cantor.

No meio de sua jornada e carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley (Olivia DeJonge), fonte de sua inspiração e uma das pessoas mais importantes de sua vida.

Encantador e fascinante, é modo como posso começar a descrever a minha experiência tendo assistido a esta cinebiografia. Para uma geração como a minha, que não cresceu com uma grande influência de Elvis durante os anos de formação, ter tido a oportunidade de ter visto um pouco mais a fundo do fenômeno que foi este homem que marcou toda uma época e continua tendo sua relevância tão significativa nos dias atuais, é de fato uma experiência fora do comum.

Preciso destacar a genialidade que foi o roteiro, apesar de ter a presença de Elvis como um protagonista de peso, soube conduzir os holofotes para a figura tão intrigante que é Tom Parker. E tendo usado esse personagem antagonista para ser o narrador da história, foi de uma perspicácia inexplicável. 

Em matéria de atuação, Tom Hanks e Austin Butler simplesmente apresentam um belo espetáculo que ultrapassa as telas do cinema. Ambos estão divinos em seus papéis, proporcionando ao telespectador a possibilidade de se perceber completamente imersos na história. É claro que figurino e maquiagem também são pontos que merecem grandes destaques, já que ao olharmos para Butler é quase como ver o próprio Elvis nas telas. 

A trilha sonora por sua vez é outro destaque a parte, sendo composta em sua grande maioria pelas canções do próprio Elvis e algumas originais, ela se mescla de forma completamente harmônica ao roteiro, ajudando a compor ainda mais a história.

Contudo, o único ponto que ao meu ver que causou um pouco de incômodo foi a longa duração da obra, que conta com uma duração de 2h40min. “Elvis” possui um tom narrativo excelente, dinâmico e envolvente, que em alguns poucos momentos acaba ficando um pouco morno, esses momentos foram justamente os que me fizeram perceber essa longa duração do filme.  

No entanto, é uma produção que deve ser conferida nas grandes telas e ser apreciada em sua totalidade. Com toda certeza é um filme que irá agradar muito aos fãs do cantor e aqueles que assim como eu, conhecem bem pouco e vão acabar caindo nas graças de Elvis.

*Cabine presencial à convite da assessoria