Título Original: Tár
Título no Brasil: Tár
País: Estados Unidos
Ano: 2023
Direção:Todd Field
Roteiro: Todd Field
Elenco: Cate Blanchett, Nina Hoss, Noémie Merlant
Nota: 4/5
Por Amanda Gomes
Lydia Tár já alcançou uma carreira invejável com a qual poucos poderiam sonhar: maestrina/compositora, primeira diretora musical feminina da Filarmônica de Berlim, está no topo do mundo. Como regente, Lydia não apenas orquestra, mas também manipula. Como uma pioneira, a virtuosa apaixonada lidera o caminho na indústria da música clássica dominada por homens.
Lydia se prepara para o lançamento de suas memórias enquanto concilia trabalho e família. Ela também está disposta a enfrentar um de seus desafios mais significativos: uma gravação ao vivo da Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler. Contudo, forças que nem mesmo ela pode controlar lentamente destroem a elaborada fachada de Lydia, revelando segredos sujos e a natureza corrosiva do poder. E se a vida derrubar Lydia de seu pedestal?
Logo em seus primeiros minutos, temos Lydia em uma palestra em que o apresentar passa longo minutos apresentando-a dado o tamanho extenso de seus feitos na carreira. A partir daí já começamos a ter uma dimensão do tamanho de da maestrina em sua área.
O longa também se preocupa em mostrar como esse mundo da música clássica é machista e majoritariamente dominado pelos homens, o que torna Tár uma figura ainda mais grandiosa dado tudo que alcançou sendo uma figura feminina. Em resumo, ela é considerada uma gênia viva, o que faz com que tenha posse de um grande poder.
E é com todo esse poder que a protagonista começa a se aproveitar de seu status, tendo condutas duvidosas e abusa de sua posição no trabalho. Em especial como professora, vemos aqui uma docente completamente abusiva e narcisista.
O filme trata muito sobre a música clássica, sobre como esses gênios são vistos hoje em dia e levanta um questionamento muito pertinente para a atualidade: é possível separar o autor da obra?
“Tár” é um filme muito interessante e bem executado, contudo, conta com um tom narrativo que não me pegou tanto, conta a história de forma mais lenta e linear, o que fez com que eu acabasse perdendo a atenção na trama em alguns momentos.
No mais, Cate Blanchett nos relembra o motivo que já ter dois Oscars em casa e o que garantiu sua indicação na premiação desse ano, ela consegue transmitir um ar soberbo com a maior naturalidade possível, se entregando completamente a personagem e ao ponto de realmente criarmos uma antipatia e asco por Lydia.
O filme conta com muitos pontos positivos e para os fãs de cinema, essa sem dúvidas é uma daquelas obras que será sempre referência quando falamos de uma boa atuação ou até mesmo para fomentar a própria discussão imposta pelo longo.
Não imaginava que seria tão instigante
ResponderExcluir