Oppenheimer

 

Título Original: Oppenheimer

Título no Brasil: Oppenheimer

Ano: 2023

País: Estados Unidos

Diretor: Christopher Nolan

Roteirista: Christopher Nolan

Elenco: Cillian Murphy, Emily Blunt, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Matt Damon

Nota: 5/5

Por Amanda Gomes

“Oppenheimer” é a nova produção cinematográfica dirigida por Christopher Nolan, que é baseada no livro biográfico “Prometeu Americano”. O filme é ambientado na época da Segunda Guerra Mundial, e irá acompanhar a vida de J. Robert Oppenheimer, desde quando vivia na Europa em busca de se aprofundar mais na física mecânica até o seu retorno para o Estados Unidos, tendo passado pelo seu passado como professor universitário até o recrutamento para o Projeto Manhattan. 

Oppenheimer, o diretor do Laboratório de Los Alamos, foi um dos principais responsáveis pelo sucesso do Projeto Manhattan, que tinha como missão projetar e construir as primeiras bombas atômicas. A trama acompanha o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945.

Enquanto conta a história da criação da bomba, o filme mescla a narrativa com um interrogatório, onde seremos capazes de acompanhar duas versões de Oppenheimer: o homem obstinado em sua criação e o que precisa lidar com a responsabilidade de seus atos. 

“Oppenheimer” é um longa que vem sendo amplamente comentado, e esse foi um fator que acabou influenciando um pouco as minhas expectativas e fico contente em dizer que elas foram superadas. Apesar de ser fã de alguns trabalhos do diretor, como a trilogia do Batman e Interestelar, já em um dos seus últimos lançamentos, apesar de ter curtido, foi um filme que não me encantou muito. 

O longa apresenta um roteiro muito bem escrito, principalmente levando em consideração suas três horas de duração. A história tem um ritmo interessante, que consegue manter a atenção pela maior parte do filme, mas em outros acaba se tornando um pouco chato e maçante, e na minha opinião é muito fácil apontar que momentos são esses: quando o diretor tenta dar uma aula de física durante a produção. A questão teórica da física é importante no enredo, mas quando se aprofundam muito nessa parte, você acaba se perdendo um pouco na narrativa. Principalmente se assim como eu, for alguém que não possui muita aptidão para essa área. 

Agora falando um pouco sobre o elenco, essa foi uma escolha perfeita. Como muitíssimos nomes de peso, é até difícil  falar um pouco sobre cada. É claro que o primeiro que merece destaque é Cillian Murphy, que mais uma vez entrega um trabalho impecável, ele realmente transmite todas as sensações vivenciadas pelo personagem. E talvez seja até um pouco cedo para começar a falar sobre Oscar, mas sem dúvidas essa é uma atuação que merece destaque e indicação. 

Emily Blunt é outro nome fenomenal desse elenco, no entanto ela possui poucas cenas e tempo de tela, o que é um desperdício enorme não só com o talento da atriz como com o que ela teria para acrescentar para a produção. Uma prova disso é  que em nos atos finais, quando ela ganha um pouco de destaque, rouba a cena de forma incrível e entrega uma atuação excelente. Assim como Robert Downey Jr., ela já conta com mais tempo tela e entrega uma das melhores atuações da carreira. Matt Damon também incorpora um personagem que foi escrito especialmente para ele. 

Outro ponto que foi extremamente certeiro é a trilha sonora escrita por Goransson, que encaixa perfeitamente com as cenas, ajudando ainda mais no clímax e construção da história. Toda a parte sonora é um espetáculo e uma  parte fundamental que completa a narrativa. Sem dúvidas uma produção que merece ser conferida nos cinemas, que colabora para toda a imersão pensada pelo diretor. 

“Oppenheimer” é um um drama que mescla perfeitamente com o suspense, criando uma história interessante que compensa seu enorme tempo de duração. É um filme para quem é fã do diretor, para quem é fã de cinema e para quem curte produções com uma pegada mais histórica.

*Cabine presencial à convite da assessoria