Combinando suspense e humor ácido, a comédia portuguesa A BELA AMÉRICA lança uma pergunta: até que ponto, está nas nossas mãos moldar a linha do destino que nos é traçada ao nascer? Pelos olhos do protagonista, iremos cruzar a fronteira que divide dois mundos - o de Lucas e sua família, explorados no mundo “uberizado” da sociedade meritocrática e, o de América, uma mulher exuberante, sem medo, sem limites e candidata à presidência. Com distribuição da Pandora Filmes, o longa chega aos cinemas brasileiros em 02 de novembro. Apesar da origem humilde, Lucas (Estêvã o Antunes) decide penetrar no mundo exuberante e de celebridades, acreditando que o seu talento para cozinhar, será o suficiente para impressionar América (São José Correia), a estrela de televisão e candidata a presidente, permitindo-lhe ultrapassar a linha que separa aqueles dois mundos. Lucas entrará clandestinamente na casa de América, cozinhando para ela os pratos mais inesperados, mas sem se revelar, observando à distância, América que chega a casa e se depara, diariamente, com um majestoso jantar sobre a mesa da sala.Partindo dessa premissa, o diretor António Ferreira combina elementos de mistério, humor e drama, lidando com temas caros ao mundo contemporâneo, como as desigualdades e as tensões familiares. O roteiro é assinado por ele e César Santos Silva. “Nunca se falou tanto em meritocracia quanto hoje, somos bombardeados com mensagens que nos estimulam a sermos empreendedores, pró-ativos, tomar o destino nas nossas mãos. Porém, o dia a dia parece confirmar uma realidade diferente. Vivemos com a angústia de não fazermos tudo o que poderia ser feito e se não enriquecemos, a culpa é nossa”, explica o diretor sobre o como o filme se relaciona com o presente. Lucas é exatamente esse sujeito que acredita que precisa fazer mais, e que chegará ao topo fazendo, primeiramente, às escondidas, deliciosos jantares para América, uma mulher rica e badalada. Em entrevista ao site português Comunidade Cultura e Arte, Ferreira contou que, originalmente, escreveu o roteiro de A BELA AMÉRICA vinte anos atrás, mas fez mudança já que o presente é bem diferente daquele momento. “Decidimos recuperá-lo, mas com alterações brutais e aproveitamos para amadurecer a ideia, a luta de classes persiste e, se calhar, até está mais evidente”. Para ele, o cinema pode servir como ferramenta de conscientização, e A BELA AMÉRICA toca em pontos urgentes do presente, abordando “questões sérias, como a crise da habitação ou a desigualdade” ou o populismo, procurando desmontar “os mecanismos de sedução dos políticos”, a partir da personagem América. A BELA AMÉRICA será lançado no Brasil pela Pandora Filmes. Sinopse Lucas, o cozinheiro, seduz América, a estrela de televisão e candidata a presidente. Ele entrará clandestinamente na casa dela para a seduzir com refeições extraordinárias, provocando o cruzamento improvável do destino de Lucas, o cozinheiro, com o de América, a Presidente. Ficha Técnica Direção: António Ferreira Roteiro: António Ferreira e César Santos Silva Produtores: Tathiani Sacilotto, António Ferreira Coprodutores: Carolina Dias, José Barahona Elenco: Estêvão Antunes, São José Correia, Custódia Gallego, Carlos Areia, Daniela Claro, João Castro Gomes, João Damasceno Direção de Fotografia: Paulo Castilho Arte: Luísa Bebiano Trilha Sonora: Luís Pedro Madeira Montagem: António Ferreira Gênero: drama, comédia País: Portugal, Brasil Ano: 2023 Duração: 102 min. Sobre a Pandora Filmes A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes “The Square: A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho. Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida. |
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