Leitura para começar o ano inspirado; CEOs compartilham livros que marcaram suas trajetórias

 

Executivos e empreendedores brasileiros dão dicas de leituras que os inspiraram a transformar suas carreiras e negócios
 

Em um mundo de constante evolução, em que as estratégias de negócios e dinâmicas de carreira estão sempre mudando, a leitura pode ser uma das maneiras pelas quais executivos e empreendedores buscam inspiração e orientação, além de ser uma atividade que pode enriquecer a mente, uma poderosa fonte de insights, ampliar horizontes e aprimorar a compreensão do mundo. De acordo com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o mercado de livros fechou em 2022 com faturamento 8% maior que no ano anterior, o que demonstra um engajamento dos brasileiros no hábito da leitura.

 

Para aqueles que desejam indicações, listamos 5 livros que marcaram a trajetória de CEOs e podem inspirar em 2024. Confira abaixo:
 

“Cabeça fria, coração quente” (Abel Ferreira)

Jorge Ramos, CEO da Idea Maker
 

De acordo com Jorge Ramos, o livro mostra a importância de um bom planejamento, do uso adequado de inteligência na definição da estratégia, e sobretudo, o impacto de uma boa liderança na condução da equipe. “Embora o foco seja futebol, os desafios não estão distantes da realidade de qualquer empresa”, ressalta o CEO da Idea Maker, empresa de tecnologia que idealiza soluções digitais e desenvolve produtos voltados para meios de pagamento e filantropia premiável.
 

“Em Busca de Mim” (Viola Davis)

Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech
 

Apaixonada por biografias, Cristiane acredita que o livro é um banho de inspiração, retratando uma mulher que saiu de uma realidade de pobreza extrema e preconceito para além do estrelato, venceu seus traumas e se sentiu forte o suficiente para buscar seus sonhos.
 

“Quando olhamos de fora, podemos ter uma imagem distorcida de como realmente é a vida de alguém, mas na biografia você entende os obstáculos enfrentados por essa pessoa e percebe esses aspectos mais humanos de vulnerabilidade”, ressalta a CEO da Funcional Health Tech, pioneira e líder em programas de acesso e adesão e em data driven care no Brasil há mais de 24 anos,
 

“The AI Revolution in Medicine” (Peter Lee, Carey Goldberg, Isaac Kohane)

 

O segundo livro indicado por ela é voltado para a área da saúde. Nele, três especialistas revelam o enorme potencial da IA para melhorar diagnósticos, resumir consultas com pacientes, agilizar processos, acelerar pesquisas e compreender os riscos envolvidos. “Para quem trabalha no mercado de saúde, vale a leitura. Mostra até onde a AI pode ir para ajudar a tratar alguns dos principais desafios que temos em saúde”, destaca Cristiane.

 

“Will” (Will Smith)

Pam Stracke, CEO da KIWI
 

Como CEO da KIWI - empresa de consultoria e treinamento humanizada que produz soluções em educação corporativa, desenvolvimento de liderança consciente e sustentabilidade - Pam Stracke entende que os livros marcam nossas vidas e nos mostram novas perspectivas e possibilidades. “Gosto muito de biografias, pois acredito que o empreendedor, que lida com pessoas o tempo todo, aprende sobre como cada pessoa tem sua história e traz consigo toda uma bagagem de acordo com sua jornada”, conta a CEO.
 

Sua indicação é uma de suas leituras recentes: “Will” - biografia do ator Will Smith que conta sobre sucesso, felicidade e conexão humana. “Em Busca de Mim, da Viola Davis, também esteve entre minhas leituras favoritas do ano. Acredito que, conhecendo histórias de vida, temos a oportunidade de rever opiniões já formadas e, muitas vezes, nos identificamos com partes da jornada contada. Assim, expandimos nossos repertórios e ainda criamos mais empatia”, finaliza.

“Infocracia: Digitalização e a Crise da Democracia” (Byung-Chul Han)

Louangela Bianchini, vice-presidente executiva jurídica e de relações governamentais da Cielo

A indicação da executiva é um dos livros escritos por filósofo e ensaísta sul-coreano, professor da Universidade de Artes de Berlim, que tem como propósito analisar e questionar a sociedade atual e a democracia sonhada nos inícios da digitalização. Nele, os chamados “followers” deixam-se enganar pelos “smart influencers”, apresentando uma reflexão importante sobre a comunicação no ambiente digital que o autor descreve como sendo dirigida pelos algoritmos nas mídias sociais, sem ser livre ou muito menos democrática. “O livro nos faz pensar sobre temáticas atuais que devem ser discutidas, principalmente, com o intuito de combater a desinformação e disseminação de notícias mentirosas”, completa Bianchini.