Título no Brasil: Às Vezes Quero Sumir
Direção: Rachel Lambert
Roteiro: Stefanie Abel Horowitz, Kevin Armento e Katy Wright-Mead
Trilha sonora: Dabney Morris
Direção de fotografia: Dustin Lane
Edição: Ryan Kendrick
Direção de arte: Robert Brecko
Cabine on-line à convite da assessoria
Nota 3, 0/5,0
Por Raffa Fustagno
Pensei em fazer essa crítica em vídeo como costumo fazer, mas senti falta de somente escrever, tem tempo que não o faço e esse filme me deixou no mínimo angustiada. Eu não desejei mostrar meu rosto ou sequer ver alguém após assisti-lo, talvez porque ele traga uma certeza de que a vida é amargura, tédio e muito poucos momentos de felicidade. A gente obviamente já sabe, mas ver a realidade em um filme com grandes atuações, é outra coisa.
Fran ( interpretada brilhantemente por Daisy Ridley) é uma espécie de assistente administrativa, dessas que temos aos montes em qualquer lugar do mundo e que suas atividades diárias fariam qualquer um dormir em uma sala de cinema as assistindo.
Isso é o que mais estranhamos, Fran é apática, sem sal, escondendo um pano de depressão que somente entenderemos mais tarde. Talvez no cinema ver esse filme seja muito mais interessante do que ver em casa, com o sono batendo...lutei contra ele e para me apegar a ideia de que o filme queria exatamente isso, lembrar que temos muito mais pessoas tediosas e na pior do que heróis ou pessoas muito interessantes que o público possa ter alguma conexão assistindo.
Mas então você pode estar se perguntando como sabemos que ela tem depressão? Ainda que a apatia e falta de graça em tudo seja um indicativo poderoso, todos seus sonhos se remetem à ela morta.
A chegada de um novo funcionário pode até ser que deixe no espectador a sensação que algo muito importante irá acontecer, mas a verdade é que ela tem dificuldades de se abrir, e o tal personagem tem dificuldade em entender diferenças e respeitar o tempo alheio.
A fotografia e o cenário ajudam a percebermos o quão acinzentado é sua vida. O desânimo nos contagia tanto que eu terminei o filme quase como a protagonista, sim, achei um filme para baixo, claro, mas há importância de se abordar o assunto. Isso é inegável.
Ainda que haja um esforço coletivo da diretora e dos atores, o filme não entrega muita coisa, ele tenta se tornar uma importante ferramenta para depressão, mas acaba virando mais uma história triste que eu não consegui amar, mas recomendo como sempre, que assistiam, e que tirem suas próprias conclusões.
*Cabine on-line à convite da assessoria
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