quinta-feira, 18 de julho de 2024

A Filha do Pescador [Crítica]

 


Título no Brasil: A filha do pescador 

Título Original: Lá estratégia dele mero

Ano: 2024

País: Colômbia, Brasil, Porto Rico e República Dominicana 

Direção: Edgar Alberto Deluque Jacome

Roteirista: Edgar Alberto Deluque Jacome

Elenco: Modesto Lacen, Henry Barrios, Jesús Romero

Nota: 3,5/5.0

Por Amanda Gomes 


Samuel é um homem que vive isolado em uma ilha no Caribe colombiano desde que se separou de sua ex-mulher e filho há mais de 15 anos. Sua rotina é baseada na quase extinta prática da pesca submarina em mergulho livre, da qual tira seu sustento.


Um dia, ele é surpreendido pela visita inesperada de Priscila, que bate à sua porta à procura de ajuda de seu pai. Em mundos completamente distintos, Samuel não consegue aceitar Priscila como uma mulher transexual, e ela não consegue perdoá-lo por eventos do passado.


No entanto, acontecimentos dramáticos acabam obrigando os dois a se reaproximarem.


“A filha do pescador” é um drama familiar que se desenrola com uma paisagem belíssima de fundo. Em matéria de fotografia essa foi a primeira coisa que me tirou o fôlego e chamou a atenção.


O longa também conta com o roteiro trazendo pautas bem atuais e objetivas sobre o preconceito, o assédio, o machismo e entre outros. Tendo como principal objetivo tratar sobre sobre a aceitação e perdão dentro de um contexto familiar.


E o mar além de proporcionar uma fotografia belíssima, se junta quase como um terceiro personagem principal que ajuda a ditar o ritmo da narrativa e traduzir através de suas formas os sentimentos dos personagens.



A dinâmica entre Samuel e Priscila nos leva a questionar, até que ponto somos capazes de perdoar? 


É fácil se conectar com Priscila e compartilhar de sua dor, o filme sabe muito bem como conduzir a melancolia em sua narrativa. Tudo isso sendo construído com as pausas necessárias para não sufocar o telespectador e fazer com que ele realmente se envolva na história. 


“A filha do pescador” é uma história bonita e tocante, que merece ser prestigiada por aqueles que tiverem a oportunidade e em busca de algo fora do mainstreaming, que entrega uma excelente narrativa. 

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