quinta-feira, 11 de julho de 2024

Caminhos Cruzados [Crítica]

 


Título no Brasil: Caminhos Cruzados 

Título Original: Crossing

País: Turquia 

Ano: 2024

Direção: Levan Akin

Roteirista: Levan Akin

Elenco: Mzia Arabuli, Lucas Kankava, Deniz Dumanli

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes


Lia é uma professora aposentada e moradora da Georgia. Após descobrir o paradeiro de sua sobrinha, Tekla, uma mulher trans, Lia recebe a informação do jovem Achi, seu vizinho imprevisível, que Tekla cruzou a fronteira e está morando na Turquia.



Com a intenção de procurar a sobrinha e trazê-la de volta para casa, Lia junta-se a Achi e ambos viajam para Istambul, explorando as profundezas ocultas da bela cidade, cheia de conexões e possibilidades, enquanto tentam não desviar do objetivo principal da viagem: encontrar quem não quer ser achado.


Os caminhos de Lia e Achi se cruzam com os da advogada trans Evrim, que oferece ajuda na busca. Enquanto os três vão mergulhando pelas ruas de Istambul, percebem que Tekla pode estar mais perto do que nunca.


“Caminhos Cruzados” é um daqueles filmes que eu não teria procurado assistir por conta própria e sou muito grata por ter aparecido essa oportunidade, já que foi uma produção que eu não esperava gostar tanto. Conhecer Istambul através das famosas novelas é uma coisa, mas poder acompanhá-la melhor por meio dessa produção foi de um enriquecimento sem tamanho. 


O longa exala um magnetismo cultural, juntamente com um belo trabalho de fotografia, faz com que a cidade acabe se tornando um personagem junto da dupla de desconhecidos que estão em meio a uma grande aventura.


As relações de carinho construídas pelos personagens é algo que faz com que seja fácil embarcar na narrativa e se envolver na trama. O roteiro procura chamar muito a atenção para o conceito de coletividade, já que Lia e Achi conseguem superar os desafios sempre contando com ajuda. E forma como personagens que seriam tido como perigosos ou maus, acabam demonstrando cuidado e compaixão com os protagonistas, é algo realmente lindo de acompanhar.


É notório o olhar de compaixão que o diretor tenta perpetuar por meio desta obra, me deixou tocada e com o coração aquecido. Para além desse fator, a forma como é lançada uma ansiedade pela busca de Tekla e o questionamento constante de se ela realmente existe, ou se é uma ideia, faz com que ficamos ainda mais ávidos para acompanhar a trama.


Por fim, é um ótimo filme que deve ser conferido nas grandes telas e receber o máximo de atenção possível. Sem dúvidas uma experiência para ser vivida e explorada.


Confira em vídeo



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