[Crítica] A Menina e o Dragão

 

Título no Brasil: A Menina e o Dragão

Título Original: Dragonkeeper

Países: Espanha e China

Ano: 2024

Direção: Salvador Simó, Li Jianping

Roteiro: Ignacio Ferreras, Pablo Castrillo

Elenco: Mayalinee Griffiths, Bill Nighy, Anthony Howell

Produção: Larry Levene, Matthew Joynes, Simon Crowe;
Direção de Fotografia: Jose Manuel Piñero, Yuangfeng Zhao;
Trilha Sonora: Arturo Cardelús;
Montagem: José Manuel Jiménez;

Nota: 3 /5

Por Amanda Gomes

Na China antiga, os dragões já foram amigos dos homens, mas a ganância e o desejo de poder dos humanos acabaram com essa aliança, e tais criaturas sábias e mágicas foram caçadas pelo Império. 

Após o confronto com humanos, os dragões são banidos do reino e anos depois, em uma fortaleza remota, uma jovem escrava chamada Ping inicia uma improvável amizade com Long Danzi, o último dos dragões imperiais. A inocente órfã Ping começa a procurar pelos dois últimos dragões existentes e descobre que um deles morreu e o outro está protegendo um raro ovo de dragão. 

Aprendendo o poder de Qi, Ping ajuda o dragão a escapar do cativeiro e juntos eles viajam pelo Império para salvar sua linhagem, perseguidos pelos soldados do Imperador e perseguidos por poderes ainda mais sombrios.

Nesta perigosa aventura, Ping descobre uma forma de liberar seus poderes e torna-se uma verdadeira protetora ao tentar salvar todos os dragões da extinção.

Eu confesso que não sou nenhuma especialista em animação, mas "A Menina e o Dragão", chamou minha atenção desde o começo. O filme tem uma premissa bem interessante, dando a entender que o roteiro teria muito o que entregar. . Até aí, tudo parecia muito promissor.

Mas, a verdade é que a história não fluiu tão bem quanto eu esperava. Sim, é um filme infantil, e isso até justifica alguns diálogos mais simples, mas achei que foram simples até demais. Muitos momentos pareceram meio "bobinhos", sabe? Como se faltasse profundidade. Claro, o público-alvo são as crianças, mas mesmo filmes para esse público podem ter uma trama mais bem amarrada e diálogos que nos cativam, como já vimos em tantas outras animações de sucesso.

A jornada da Ping, a protagonista, ao lado do último dragão sobrevivente, tem seus momentos emocionantes, mas a narrativa se estende mais do que precisava e, em várias partes, deixou aquela sensação de que algo ficou solto. Talvez, com diálogos mais elaborados ou algumas cenas a mais para ligar os pontos, a história teria sido mais envolvente.

Agora, um ponto que realmente me surpreendeu foi a trilha sonora. Sério, se tem algo que eles acertaram em cheio foi nisso! A trilha realmente conseguiu transmitir emoções que muitas vezes os próprios diálogos não conseguiram passar. Entre as minhas favoritas estão "In Ancient Times" e "I Will Fight For You", que me deixaram arrepiada de tão bem encaixadas nas cenas.

No geral, "A Menina e o Dragão" é uma animação visualmente bonita, mesmo que simples, e sua co-produção entre Espanha e China deu um toque especial à ambientação. Apesar das falhas no roteiro e na construção dos diálogos, o filme tem um charme próprio e traz uma mensagem bonita de superação e conexão com a natureza.

Não sei se será lembrado como uma das melhores animações do ano, mas vale a pena assistir, especialmente pelas crianças e pela trilha sonora.

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