quarta-feira, 18 de setembro de 2024

[Crítica] Quando Eu Me Encontrar

 


Título Original: Quando Eu Me Encontrar 

País: Brasil

Ano: 2024

Direção: Michelline Helena, Amanda Pontes |Roteiro Michelline Helena, Amanda Pontes

Elenco: Di Ferreira, Pipa , Davi Santos, Luciana Souza

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes


Após a partida repentina de Dayane, a vida daqueles que ela deixou para trás é profundamente impactada. Sua mãe, Marluce, luta para esconder o choque e a dor que sente, mantendo uma fachada de força.


A irmã mais nova, Mariana, enfrenta dificuldades na nova escola, tentando encontrar seu lugar sem o apoio da irmã. Enquanto isso, Antônio, o noivo de Dayane, é consumido por um vazio e uma obsessão por respostas, tentando entender o que levou ao súbito desaparecimento de sua amada.


À medida que cada um lida com a ausência de Dayane, eles são forçados a enfrentar suas próprias fraquezas e buscar a cura para a dor que a partida dela causou.


Quando Eu Me Encontrar é uma comovente história de luto e busca por respostas, explorando como a perda pode transformar e revelar o verdadeiro caráter das pessoas que ficam.


Esse é o tipo de longa que te faz pensar muito, mesmo sem mostrar a protagonista na tela o tempo todo. Isso já é um detalhe bem ousado, né?


O que eu achei mais legal é que, mesmo sem ver a Dayane, a gente sente a presença dela o tempo todo, tipo uma sombra. Tem uma cena logo no início em que ouvimos ela cantando "Preciso Me Encontrar". Essa música e outras, como "Trocando em Miúdos" do Chico Buarque, meio que guiam o ritmo da trama e dão um toque emocional. É genial como as diretoras usaram as canções para criar essa vibe.




As diretoras e roteiristas conseguiram  montar um filme que foca nas relações humanas e em como a ausência de alguém pode mudar completamente a vida das pessoas ao redor. A mãe da Dayane e a irmã, Mariana, precisam se reestruturar. A Marluce, além de lidar com o trabalho pesado, se sente cada vez mais sozinha. A Mariana, que estuda em uma escola cheia de preconceitos, também sofre com a pressão. E o noivo, Antônio, coitado, é quem mais parece perdido com tudo. A partida da Dayane derruba as certezas que ele tinha sobre o futuro.


Eu amei como os diálogos são super naturais e as atuações são tão convincentes. Você quase esquece que está vendo um filme, parece que está assistindo a vida real acontecendo. Ah, e o final? Não vou dar spoilers, mas é aquele tipo de desfecho que te deixa pensando, sem amarrar todas as pontas.



Em resumo, “Quando Eu Me Encontrar” é uma obra linda, cheia de camadas e com uma mensagem forte sobre buscar quem você é, mesmo que isso signifique deixar tudo para trás. 


Se você curte filmes sensíveis e que falam sobre gente de verdade, esse aqui é imperdível!

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