Título no Brasil: Gladiador II
Título Original: Gladiator II
Ano: 2024
País: Estados Unidos
Diretor: Ridley Scott
Roteirista: David Scarpa
Elenco: Paul Mescal, Pedro Pascal, Connie Nielsen
Nota: 4/5
Por Amanda Gomes
Anos após testemunhar a morte do herói Maximus pelas mãos de seu tio, Lucius enfrenta um novo desafio: forçado a entrar no Coliseu, ele deve lutar pela sobrevivência e pela honra de Roma.
Depois de ter sua casa tomada pelos imperadores tirânicos que governam Roma com punho de ferro, Lucius precisa reencontrar a força e a coragem que o inspiraram na juventude.
Admirador da jornada de Maximus, Lucius busca seguir seus passos para restaurar a glória perdida de Roma.
Agora, Lucius luta não apenas pela sua vida, mas pelo futuro do império. Com o coração cheio de raiva e o destino de Roma em jogo, ele revisita seu passado em busca da força necessária para devolver ao povo a honra que um dia foi perdida.
Confesso: não vi o “Gladiador” original. Sabia de algumas coisas, mas entre isso e a estreia de “Gladiador 2”, houve um intervalo de 24 anos. Então, fui ao cinema sem muito contexto, pronta para encarar o épico de Ridley Scott com os olhos de quem chega agora.
E olha, mesmo sem ter assistido ao primeiro, me impressionou! Ridley Scott retorna ao universo romano com uma grandiosidade de tirar o fôlego. A produção é um espetáculo visual: a Roma antiga foi recriada com uma riqueza de detalhes absurda. Os palácios, ruas e, claro, o Coliseu, são tão vivos que parece que você pode sentir o calor das arenas. O design de produção é digno de Oscar, assim como os figurinos e maquiagens, que ajudam a imergir no mundo romano sem parecer que estamos vendo algo "plastificado".
As cenas no Coliseu, em especial, são um show à parte. As batalhas são brutais e coreografadas com uma intensidade que me deixou na ponta da cadeira. Ridley usa efeitos especiais de forma sutil, mas eficiente, a recriação de animais, por exemplo, é tão realista que você jura que está diante de um leão de verdade.
O ritmo do filme também é impressionante. Apesar dos 158 minutos, a montagem faz o tempo passar voando. Cada cena de ação tem um impacto visual e emocional que te prende. Dá pra sentir a tensão em cada golpe, e os movimentos de câmera rápidos, somados a cortes precisos, garantem uma adrenalina constante.
Agora, sobre o roteiro... é aí que o filme perde alguns pontos. Escrito por David Scarpa e Peter Craig, ele tenta equilibrar nostalgia e novidade, mas nem sempre acerta. Há várias referências ao primeiro “Gladiador”, o que, para quem não viu, pode soar meio confuso. Já para quem é fã, esse tom nostálgico pode ser um pouco excessivo. A trama de vingança funciona, mas algumas resoluções parecem fáceis demais, como se tivessem escolhido o caminho mais curto.
Felizmente, o elenco compensa qualquer tropeço narrativo. Paul Mescal entrega uma performance visceral. Mesmo com poucas falas, ele consegue transmitir toda a raiva e dor de seu personagem. Denzel Washington, como sempre, é magnético. Pedro Pascal, ah, ele é o toque final perfeito, cheio de carisma, mas com a intensidade necessária para momentos mais dramáticos.
No geral, “Gladiador 2” é um épico que cumpre o que promete: visualmente deslumbrante, emocionalmente envolvente e repleto de ação. Mesmo com algumas falhas no roteiro, Ridley Scott entrega um dos melhores filmes do ano, provando que ainda é um mestre em contar histórias épicas. E se você, como eu, ainda não viu o primeiro, não se preocupe: essa sequência é capaz de conquistar até quem está chegando agora.
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