segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

BABYGIRL 🎬provocativo, elegante e, humano. Nicole Kidman entrega uma de suas melhores performances

 


Título Original: Babygirl

Título no Brasil: Babygirl

Ano: 2024

País: Estados Unidos 

Direção: Halina Reijn

Roteiro: Halina Reijn

Elenco: Nicole Kidman, Harris Dickinson, Antonio Banderas

Nota: 4/5

Por Amanda Gomes



Em um thriller erótico, iremos acompanhar a história de Romy, uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e ao casamento com Jacob.


Tudo o que construiu é posto à prova quando ela embarca em um caso tórrido e proibido com seu estagiário Samuel, que é muito mais jovem. A partir daí ela anda na corda bamba de suas responsabilidades e, também, nas dinâmicas de poder que envolvem suas relações.

Embora o título e a premissa possam sugerir um suspense erótico, o filme vai além, trazendo uma reflexão poderosa sobre o envelhecimento, o papel das mulheres na sociedade e as complexidades da vida moderna.



Nicole Kidman interpreta Romy, uma CEO impecável e exemplo de sucesso, casada há 19 anos com Jacob e mãe de duas filhas. Apesar de ter conquistado o respeito no mundo corporativo, sua vida pessoal está presa em uma rotina sem brilho. Quando Samuel, um jovem estagiário, surge em sua vida, as coisas começam a mudar.

Samuel é carismático, desafiador e totalmente alheio às hierarquias, qualidades que despertam em Romy sentimentos conflitantes. À medida que os encontros entre os dois se tornam mais íntimos, Romy descobre um lado de si mesma que ela havia reprimido: uma mulher vulnerável e disposta a explorar seus desejos, mesmo que isso signifique romper com as expectativas da sociedade.

Kidman está impecável. Ela transita entre a figura de uma líder corporativa poderosa e uma mulher consumida por desejos inexplorados com uma naturalidade impressionante. Sua atuação carrega nuances que vão desde a força até a fragilidade, e é impossível não se envolver em sua jornada.

Harris Dickinson também surpreende como Samuel, entregando um personagem que equilibra mistério e provocação, mas sem roubar a cena. É Nicole quem conduz o filme, e ele complementa sua performance com sutileza. Antonio Banderas, por sua vez, traz humanidade ao papel de Jacob, o marido que, apesar de distante, desperta empatia.

O roteiro de Reijn é direto, mas cheio de camadas. As cenas de intimidade são intensas, mas sempre a serviço da narrativa, explorando os conflitos internos de Romy e as consequências de suas escolhas. A direção, por sua vez, usa a tensão como fio condutor, equilibrando momentos de silêncio com diálogos cheios de significado.

Mais do que um filme sobre desejo e relacionamentos, “Babygirl” é uma obra sobre autoconhecimento e resiliência. Romy não é apenas uma mulher que cede à tentação; ela é uma personagem complexa, que desafia estereótipos ao explorar sua vulnerabilidade sem perder sua força.

“Babygirl” é provocativo, elegante e, acima de tudo, humano. Nicole Kidman entrega uma de suas melhores performances em anos, e o filme reafirma a capacidade do cinema de contar histórias que, embora pessoais, ressoam de forma universal. É uma obra que provoca reflexões, e talvez até alguns arrepios, sobre o que significa ser mulher em um mundo que constantemente tenta limitar sua complexidade.

Confiram  acrítica em vídeo

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