sábado, 1 de março de 2025

Último Alvo [Crítica]

 


Título no Brasil: Último Alvo

Título Original: Absolution

Ano: 2025

País: Estados Unidos

Direção: Hans Petter Moland 

Roteiro: Tony Gayton

Elenco: Liam Neeson, Ron Perlman, Frankie Shaw

Nota: 3/5

Por Amanda Gomes



Thug está determinado a mudar sua vida. Ele busca se reconectar com seus filhos e corrigir os erros que ainda assombram seu presente. Contudo, escapar do submundo do crime é mais difícil do que ele imaginava, e seus antigos aliados e inimigos não estão dispostos a permitir sua redenção tão facilmente.


Ambientado no sombrio submundo de Boston, a trama explora as complexidades da culpa, do arrependimento e da luta por uma segunda chance. Enquanto tenta se afastar de sua antiga vida, o protagonista enfrenta consequências inevitáveis de suas ações, colocando em risco tudo o que ama. 

O longa pode parecer um típico filme de ação, e o trailer reforça essa impressão. No entanto, “Último Alvo” está mais próximo de uma história de redenção do que de uma trama explosiva. O verdadeiro embate do protagonista não acontece apenas contra assassinos e missões perigosas, mas também dentro de sua própria mente. Propondo algo diferente, o filme desafia seu anti-herói e nos convida a acompanhá-lo na busca por dias melhores.

O filme pode enganar à primeira vista, parecendo um clássico de “tiro, porrada e bomba”. Embora tenha cenas de ação, o verdadeiro foco está na luta interna do protagonista contra sua doença e na complexidade de sua vida, que não lhe dá tempo para se preocupar consigo mesmo. O trailer sugere um ritmo acelerado, mas o longa adota um tom introspectivo. Liam Neeson entrega uma atuação convincente, mostrando o medo de perder sua identidade e sua batalha para manter o controle sobre sua própria mente. Ele carrega o filme nas costas e merece reconhecimento por isso.



As alucinações e a linha tênue entre realidade e fantasia são um ponto forte, mas o excesso de subtramas acaba diluindo o impacto emocional. Os arcos envolvendo a relação de Thug com a filha e o neto, assim como seu romance, são bem desenvolvidos, mas a trama do tráfico humano não se encaixa com a mesma força. Fica pouco claro porque Thug se sente tão compelido a salvar a jovem, o que enfraquece essa parte da história.

Com um roteiro que às vezes se perde e talentos como Ron Perlman reduzidos a papéis menores, Último Alvo entrega boas cenas de ação, mas seu ritmo lento e a quantidade de tramas paralelas podem não agradar a todos. O conflito entre Thug, Charlie e Kyle é um dos pontos altos, mas acaba ofuscado por outras histórias que competem pela atenção do espectador.

Lembrando um pouco “Pacto de Redenção”, com Michael Keaton, o longa traz Liam Neeson no papel de um ex-mafioso que ainda sabe atirar primeiro e perguntar depois. No fim, é um filme com bons momentos e uma trama intrigante, mas que deixa a sensação de que algo ficou faltando.


Confira em vídeo  a crítica 


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