quinta-feira, 10 de abril de 2025

Operação Vingança [Crítica]


 Título no Brasil: Operação Vingança  

Título Original: The Amateur  

Ano: 2025  

País: Estados Unidos  

Direção: James Hawes  

Roteiro: Evan Katz, Gary Spinelli  

Elenco: Rami Malek, Laurence Fishburne, Rachel Brosnahan  

Nota: 3,5 /5.0

Por Amanda Gomes


Após a trágica morte de sua esposa em um ataque terrorista em Londres, Charles Heller, um criptógrafo altamente capacitado da CIA, se vê diante de um dilema cruel: sua própria agência não está disposta a agir, mergulhada em prioridades internas conflitantes.


Consumido pela dor e determinado a buscar justiça, Heller toma uma decisão radical: chantageia seus superiores para ser treinado como agente de campo e, assim, poder perseguir os responsáveis pelo atentado por conta própria. Em uma jornada de vingança e autodescoberta, ele mergulha em um universo sombrio de espionagem e terrorismo internacional.


Conforme se aprofunda na teia de conspirações e traições, Heller percebe que seus próprios aliados podem ser tão perigosos quanto os inimigos que ele tenta derrubar.


Fui assistir ao filme sabendo apenas o título, sem nenhuma outra informação — e, para um thriller, isso só aumentou minha curiosidade sobre os rumos que a história tomaria. A trilha sonora, típica de filmes de espionagem, colabora para criar a atmosfera de mistério, e a belíssima fotografia, que percorre diversos cenários europeus, enriquece ainda mais a experiência. “Operação Vingança” tinha tudo para se tornar um dos meus queridinhos. E embora eu tenha gostado bastante, não cheguei a amar o filme.


Parte disso se deve ao início, que tem um ritmo mais lento e dificulta a conexão com a trama. Para um filme que propõe suspense e ação, as cenas frenéticas — aquelas que nos deixam tensos, agarrados à poltrona — demoram um pouco a engrenar.


Quanto aos personagens, Charles Heller é um anti-herói que conquista a nossa simpatia desde o começo. E mesmo quando toma decisões moralmente questionáveis, é impossível não torcer por ele.




O elenco é um dos grandes acertos da produção. Todos entregam atuações sólidas, com destaque — claro — para Rami Malek, que transmite com intensidade a dor de um recém-viúvo. Sua entrega emocional é impecável.


Para ser bem honesta, “Operação Vingança” me lembrou uma versão atualizada de “Código de Conduta” — talvez com um pouco menos de violência e com um final mais otimista para o nosso anti-herói. E como de costume nos filmes americanos que envolvem a CIA, há aquela clássica tentativa de “limpar a barra”, com uma certa propaganda política de que os Estados Unidos sempre agem pelo bem comum. O problema estaria apenas em algumas "ervas daninhas" infiltradas no sistema — o restante seriam heróis bem-intencionados.


Apesar disso, “Operação Vingança” é um filme interessante e instigante, ideal para quem gosta de montar quebra-cabeças e tentar desvendar os mistérios antes que sejam revelados na tela. Vale a ida ao cinema.



Confira a crítica em vídeo


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