quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Guarde o Coração na Palma da Mão e Caminhe 🎬 documentário emocionante e cruel
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
Truque de Mestre: O 3º Ato
Título no Brasil: Truque de Mestre: O 3º Ato
Título Original: Now You See Me: Now You Don’t
Ano: 2025
País EUA
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Michael Lesslie
Elenco: Jesse Eisenberg, Woody Harrelson, Dave Franco, Isla Fisher
Nota: 3,5/5.0
Por Amanda Gomes
“Truque de Mestre: O 3º Ato” marca o retorno de uma das franquias mais carismáticas da década passada, e para minha surpresa, o truque ainda funciona… mesmo que eu consiga ver alguns fios puxando nos bastidores.
O filme traz de volta os Cavaleiros originais: J. Daniel Atlas, Merritt McKinney, Jack Wilder e a adorada Henley Reeves. Agora se unindo a uma nova geração de ilusionistas vividos por Justice Smith, Dominic Sessa e Ariana Greenblatt. A missão da vez envolve uma joia valiosíssima, truques de mágica em larga escala e, claro, uma nova vilã poderosa interpretada por Rosamund Pike.
Logo nas primeiras cenas, fica claro que “Truque de Mestre 3” não pretende reinventar nada. A narrativa aposta no espetáculo visual, no ritmo frenético e naquela energia de “filme pipoca” que a gente assiste com um sorriso leve no rosto. É bobo, brega e assumidamente exagerado, mas é exatamente esse o charme da franquia. É fácil embarcar: tudo gira em torno da arte de enganar com estilo.
A maior força do filme continua sendo o elenco. É visível o quanto todos se divertem em cena, e esse entusiasmo é contagiante. Justice Smith, especialmente, traz frescor e humor natural ao grupo, equilibrando bem com o carisma dos veteranos. Já Rosamund Pike entrega uma vilã que, embora não seja memorável, mantém o tom elegante e misterioso necessário para o jogo de ilusões.
Ainda assim, o longa tropeça nas mesmas armadilhas que tantas sequências recentes: nostalgia demais, ousadia de menos. Entre homenagens aos dois primeiros filmes e o esforço de introduzir novos personagens, a trama perde ritmo e acaba se tornando previsível. É aquela sensação de déjà vu cinematográfico, o tipo de história que entretém, mas não surpreende.
Apesar disso, há algo quase reconfortante em ver o retorno dos Cavaleiros. As cenas de mágica continuam divertidas e bem coreografadas, e o “último truque” do filme consegue fechar a experiência com uma elegância satisfatória. Não é revolucionário, mas é sincero na proposta de entreter e, no fim das contas, é disso que esse tipo de cinema vive.
“Truque de Mestre – O 3º Ato” pode até não causar o mesmo impacto dos primeiros, mas ainda entrega uma boa dose de charme, ação e diversão. É aquele tipo de filme que a gente assiste sabendo que vai esquecer os detalhes no dia seguinte mas enquanto dura, o espetáculo vale o ingresso.segunda-feira, 3 de novembro de 2025
Dollhouse 🎬mistura bebê reborn com o melhor do cinema japonês de terror
sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Sonhos
Título no Brasil: Sonhos
Título Original: Dreams
Ano: 2025
Direção: Michel Franco
Roteiro: Michel Franco
País: EUA
Elenco: Jessica Chastain, Isaac Hernández, Rupert Friend
Nota: 3,5/5.0
Por Amanda Gomes
Trazendo à reflexão as muitas faces do um dos sentimentos mais poderos e destrutivos que existe, “Sonhos”, novo filme do mexicano Michel Franco, é daqueles que deixam o espectador desconfortável. É um drama carnal, silencioso e tenso, que fala de amor, poder e desigualdade, mas também sobre o quanto podemos nos perder dentro de um relacionamento.
Springsteen: Salve-me do Desconhecido
Título no Brasil: Springsteen: Salve-me do Desconhecido
Título Original: Springsteen: Deliver Me From Nowhere
Ano: 2025
País : EUA
Direção: Scott Cooper
Roteiro: Scott Cooper
Elenco: Jeremy Allen White, Jeremy Strong, Paul Walter Hauser
Nota: 2,5/5.0
Por Amanda Gomes
As cinebiografias musicais parecem ter se transformado em um gênero próprio dentro de Hollywood. Existe uma tendência cada vez mais evidente de transformar artistas em produtos de prateleira, embalados com cortes bem-feitos, figurinos meticulosamente envelhecidos e aquele velho arco narrativo de ascensão, queda e redenção. É o “modo automático” de se contar histórias reais: brilho na superfície, vazio no conteúdo. “Springsteen: Salve-Me do Desconhecido”, dirigido por Scott Cooper, se encaixa dolorosamente bem nessa lógica e talvez até a resuma.
O filme tenta recontar o processo de criação de Nebraska (1982), álbum mais introspectivo de Bruce Springsteen, nascido em meio à solidão, à depressão e à auto análise de um artista tentando compreender o próprio vazio. E o mais frustrante é que o material original, tanto biográfico quanto simbólico, tinha tudo para ser fascinante. Mas o que chega às telas não é bem isso.
Jeremy Allen White entrega uma boa performance, com intensidade, mas seu talento acaba preso dentro de uma estrutura previsível demais para permitir qualquer transcendência. Ele reproduz os trejeitos, o olhar distante e até a postura corporal de Bruce, mas o roteiro parece preocupado demais em fazer dele um “Oscar moment” ambulante. Odessa Young, como Faye Romano, uma personagem inventada e composta a partir de várias mulheres da vida real de Bruce, é um dos poucos respiros emocionais do filme. Mas mesmo ela parece existir apenas para preencher lacunas narrativas.


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