domingo, 8 de junho de 2025

Como Treinar o seu Dragão

 


Título Original: How to Train Your Dragon

Título no Brasil: Como Treinar o seu Dragão

Ano: 2025 

País: Estados Unidos

Direção: Dean DeBlois

Roteiro: Dean DeBlois

Elenco:  Mason Thames, Gerard Butler, Nico Parker

Nota: 4 /5

Por Amanda Gomes


Entrar em uma sala de cinema e ser apresentada, pela primeira vez, a um universo tão querido por milhares de pessoas ao redor do mundo é uma experiência e tanto. Confesso que nunca havia assistido à animação Como Treinar o Seu Dragão, então cheguei ao live-action de 2025 sem qualquer apego nostálgico — mas com bastante curiosidade. E posso dizer que, para uma iniciante nesse mundo de vikings, dragões e laços improváveis, a história me fisgou com um misto de delicadeza, aventura e emoção.


O filme já considerado um dos títulos mais aguardados do ano, adapta a trama do primeiro longa animado da franquia, lançado em 2010 pela DreamWorks. A direção segue nas mãos de Dean DeBlois, que também comandou os filmes anteriores, e que aqui parece ter o cuidado de recontar essa jornada para um novo público, sem perder a essência do que conquistou os fãs ao longo dos anos.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Oh, Canadá! 🎬Richard Gere é um protagonista perdido entre as mentiras que contou a vida toda

 


🎬🎬🎬 Título Original: Oh Canada Título no Brasil: Oh Canadá Direção: Paul Schrader Roteiro: Paul Schrader, baseado no livro Foregone, de Russell Banks Produção: Tiffany Boyle, David Gonzales, Meghan Hanlon, Scott LaStaiti e Luisa Law Fotografia: Andrew Wonder Montagem: Benjamin Rodriguez Jr. Direção de Arte: Deborah Jensen Figurino: Aubrey Laufer Música: Phosphorescent Casting: Scotty Anderson e Avy Kaufman Ano e países de produção: Canadá/EUA/Israel, 2024 Duração: 91 min Produtoras: Foregone Film PSC, Fit Via Vi Film Productions, Lucky 13 Productions, Ottocento Films, SIPUR e Vested Interest Distribuição no Brasil: California Filmes ELENCO Richard Gere ............... Leo Fife Uma Thurman ............... Emma/Gloria Jacob Elordi ............... Leo Fife jovem Victoria Hill ............... Diana Michael Imperioli ............... Malcolm Caroline Dhavernas ............... Rene Penelope Mitchell ............... Sloan Ambrose/Amy Kristine Froseth ............... Alicia Fife Megan MacKenzie ............... Amanda Peter Hans Benson ............... Benjamin Chapman Scott Jaeck ............... Jackson Chapman Cornelia Guest ............... Jessie Chapman

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O Esquema Fenício [Crítica]

 


Título Original: The Phoenician Scheme

Título no Brasil: O Esquema Fenício

Ano: 2025 

País: Estados Unidos

Direção: Wes Anderson

Roteiro: Wes Anderson

Elenco:  Benicio Del Toro, Mia Threapleton, Michael Cera

Nota: 3 /5

Por Amanda Gomes 

Na trama de “O Esquema Fenício” acompanhamos Zsa Zsa Korda, um empresário excêntrico que escolhe sua filha Liesl como herdeira de seus negócios — uma decisão que rapidamente os transforma em alvos de magnatas, terroristas e assassinos internacionais. A proposta é uma sátira de espionagem com toques de aventura, com aquele tempero "andersoniano" que já conhecemos.

Logo de cara, uma coisa é clara: Michael Cera nasceu para atuar num filme de Wes Anderson. Interpretando Bjorn Lund, um personagem secundário que rouba a cena, ele entrega alguns dos momentos mais interessantes ao lado de Threapleton. O trio principal mergulha de cabeça na excentricidade típica do diretor, mas, curiosamente, isso não é suficiente para manter o ritmo envolvente ao longo dos seus 105 minutos.

Apesar de reunir um elenco carismático — com nomes de peso como Tom Hanks, Scarlett Johansson, Benedict Cumberbatch, Riz Ahmed e Bryan Cranston —, o filme não floresce como deveria. Há momentos em que a história simplesmente escapa do controle, tornando-se lenta e repetitiva, com humor pontual que nem sempre funciona.

E isso acaba sendo decepcionante. Anderson entregou recentemente projetos brilhantes como Asteroid City (2023) e os delicados curtas inspirados nos contos de Roald Dahl para a Netflix — obras que mostraram sua capacidade de emocionar mesmo dentro de sua estética rigorosa. Aqui, no entanto, o que se vê é uma narrativa apática, que não engata nem nas reviravoltas nem nas relações entre os personagens.

Claro, não dá pra negar: O Esquema Fenício é visualmente deslumbrante. Cada quadro parece uma pintura meticulosamente planejada, daquelas que daria vontade de emoldurar. A direção de arte de Anna Pinnock é um espetáculo à parte — e sim, parece que cada objeto de cena foi escolhido em antiquários franceses. Mas tudo é tão milimetricamente calculado, tão excessivo, que o filme perde a espontaneidade. Fica bonito, mas vazio.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

O Bom Professor 🎬 Quando lecionar é mais que um ato de amor, mas de paciência

 


🎬🎬🎬🎬🎬 O BOM PROFESSOR França | 2024 | 91 min. | Drama | 14 anos Título Original: Pas des Vagues Direção: Teddy Lussi-Modeste Roteiro: Teddy Lussi-Modeste, Audrey Diwan Elenco: François Civil, Shaïn Boumedine, Toscane Duquesne Distribuição: Mares Filmes Sinopse: Julien é professor em um colégio. Jovem e dedicado, ele tenta criar um vínculo com sua turma, dando atenção especial a alguns alunos, incluindo a tímida Leslie. Esse tratamento diferenciado é mal interpretado por alguns alunos, que começam a suspeitar das intenções do professor. Julien é então acusado de assédio. O boato se espalha rapidamente, e tanto o professor quanto a aluna se veem presos em uma situação delicada. Mas diante de uma escola que corre o risco de pegar fogo, só há uma palavra de ordem: sem tumulto... Cabine ON-line à convite da assessoria

domingo, 25 de maio de 2025

Do Sul, a Vingança [Crítica]

 












Título: Do Sul, a Vingança.

Gênero: Ação / Comédia.
Duração: 107 min.
Direção: Fábio Flecha.
Produção: Render Brasil.
Distribuidora: Kolbe Arte.
Elenco: Espedito Di Montebranco (Jacaré), Bruno Moser (Febem), Felipe Lourenço (Lauriano), Leandro Faria (Victor Bautista), Luciana Kreutzer (Dra. Lucia),Victor Samudio (Edson), David Cardoso (Coronel Massada).
Por Raffa Fustagno
Nota: 2.5/5.0


Sinopse

Em busca de material para seu novo livro, o escritor Lauriano parte para a conturbada fronteira entre Mato Grosso do Sul, Paraguai e Bolívia, onde o crime organizado dita suas próprias leis, em busca de um “Jacaré”. O que começa como uma simples investigação se transforma em uma jornada inesperada, repleta de ação, conflitos e personagens excêntricos. Em meio ao caos de uma vastidão silenciosa e cheia de contrastes, Lauriano mergulha em uma trama tão perigosa quanto cômica — onde sobreviver é o seu maior desafio.



Crítica:

O cinema nacional tem atraído olhares do mundo todo, principalmente após o nosso primeiro Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, para Ainda Estou Aqui, Por essa razão, um longa cujo o release tem a informação de que foi finalista em Cannes e ganhou no Los Angeles Film Awards 2025 o prêmio de Melhor Longa-Metragem Indie, cause impacto e interesse nos críticos e no público.

Ao assistir em cabine on-line Do Sul à Vingança, me deparei com um início promissor, afinal falar sobre Mato Grosso do Sul e fronteiras é algo que não se vê todos os dias, nossos filmes estão sempre no eixo Sudeste e Nordeste, mas poucos abordam essa região, e eu honestamente nem sabia sobre a história de divisão do Mato Grosso para o Mato Grosso do Sul.

Se os primeiros dez minutos chamam a atenção, ao nos deparamos com um jornalista investigativo lançando um livro e participando de uma coletiva, o resto não se pode dizer que garantiu minhas expectativas.

Felipe Lourenço entrega um Lauriano no tom certo, carioca, sagaz e atrás da próxima reportagem, correndo riscos para isso. Já os demais personagens são extremamente caricatos, parecem saídos de um filme de Tarantino com Zorra Total, mal sabem se buscam alívio cômico ou se mantém a vilania.

Não curto falar mal do cinema brasileiro, sei como nos esforçamos para colocar histórias no ar, mas me impressiona como algo com grande potencial, é tratado abaixo de sua capacidade de entregar algo marcante.

Algo que funciona é exatamente o foco na tegião que é pouco explorada pelo cinema, o roteiro as vezes nos entrega bons diálogos, bons momentos, mas nada marcante, a impressão que se tem é de que ele tenta se levar a sério, mas não consegue.

Pode ser culpa do baixo orçamento? Pode. Mas um cuidado maior com o tema e uma abordagem mais séria e focada em instruir ao invés de somente divertir, teria sido mais proveitoso.