Título no Brasil: O Silêncio Na Noite
Título Original: Silent Night In Algona
Ano: 2022
País: Estados Unidos
Diretor: Anthony Hornus
Roteirista: DJ Perry
Elenco: Curran Jacobs, Cassie Dean, Samuel Paterson
Nota: 2/5
Por Amanda Gomes
cabine de imprensa on-line
Filme lançado diretamente em streaming
Sabe aquele filme que, só de ouvir a sinopse, você pensa: Poxa, isso tem potencial? Pois é, foi exatamente isso que pensei ao ler sobre “O Silêncio Na Noite”. Um campo de prisioneiros alemães no coração dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra, mostrando como inimigos podem se humanizar uns para os outros... Interessante, né? Pena que, ao invés de entregar um drama tocante e cheio de nuances, o filme tropeça feio em quase todos os aspectos possíveis.
Vamos começar com as atuações. Se existisse um prêmio para o elenco mais robótico, esse filme ganharia com folga. A emoção parecia algo completamente opcional para os atores. As falas eram tão artificiais que, em alguns momentos, eu me perguntava se eles estavam lendo direto do teleprompter. Dá até pra imaginar o diretor gritando “ação” e os atores respondendo “ok” com a mesma entonação de quem lê um manual de micro-ondas.
O figurino, por sua vez, faz questão de te lembrar o tempo todo do orçamento apertado. É como se tivessem pego roupas de brechó e tentado adaptá-las com uma tesoura e fita adesiva. Dá para ver o esforço, mas o resultado fica a desejar. Não ajuda em nada na imersão.
Agora, o ponto que mais me tirou do sério: o ritmo. O filme tem 140 minutos. Isso mesmo, quase duas horas e meia de uma história que, sinceramente, poderia ter sido contada em 15 minutos. As cenas se arrastam, os diálogos são intermináveis, e a edição faz questão de alongar tudo ainda mais. Não sei vocês, mas eu tenho limites.
Os filtros de imagem? Uma bagunça. Parecia que cada cena era um teste para ver qual filtro do Instagram ficava menos pior. E os "efeitos especiais"? Digamos que até um vídeo caseiro feito no CapCut passaria mais credibilidade.
Agora, justiça seja feita: a ideia central tinha potencial. A relação entre os prisioneiros e os moradores locais poderia ter rendido momentos comoventes, daqueles que fazem a gente refletir sobre humanidade e perdão. Mas, infelizmente, tudo foi soterrado por um roteiro arrastado e uma execução que deixou muito a desejar.