Titulo no Brasil: A Forja - O Poder da Transformação
Título Original: The Forge
Ano: 2024
País: Estados Unidos
Diretor: Alex Kendrick
Roteiro: Alex Kendrick, Stephen Kendrick
Elenco: Cameron Arnett, Priscilla C. Shirer, Aspen Kennedy Wilson
Nota: 1,5/5,0
Por Amanda Gomes
Narração: Raffa Fustagno
Após terminar o ensino médio, Isaiah Wright, um jovem de 19 anos viciado em basquete e videogames, está perdido e sem direção. Com uma postura desafiante para sua mãe solteira, Cynthia, e desmotivado, ele recebe um ultimato: encontrar um rumo ou deixar a casa.
Com o apoio das orações de Cynthia e da devota Dona Clara, e a oportunidade de trabalhar na Moore Fitness, Isaiah é guiado por um mentor surpreendente que o desafia a refletir sobre seu futuro.
À medida que enfrenta seu passado e aprende a abrir mão de seu egoísmo, Isaiah começa a entender que Deus pode ter um propósito maior para sua vida.
O cinema cristão já tem um lugar garantido no coração de muitos, sendo um gênero bem estabelecido. Inclusive tem crescido cada vez mais o número de produções do gênero.
A trama toca em temas importantes como a ausência paterna, redenção e a importância do discipulado. Tudo isso misturado com os dramas típicos da juventude moderna, criando um filme que busca cativar tanto pelo lado espiritual quanto pelo emocional.
O filme parece contar com todos os elementos para uma boa história de superação, certo? Sim e não. A proposta do filme é clara: promover uma mensagem de fé e redenção. E, se você está em busca disso, o filme vai entregar. O problema está na forma como essa mensagem é transmitida. O roteiro e a estrutura do filme acabam se parecendo mais com um folheto evangélico do que com um longa-metragem. Os diálogos, em sua maioria, soam forçados e premeditados, como se os personagens estivessem sempre prontos para dar um sermão. Isso acaba tirando a naturalidade da trama e tornando os personagens um tanto artificiais.
A jornada de Isaiah, que deveria ser uma descoberta pessoal, parece mais uma execução do que o filme se propôs desde o início, com uma fórmula bem previsível. Sabemos desde o começo onde a história vai dar, e isso diminui bastante o impacto emocional da transformação do personagem.
Outro ponto que pode gerar debate é a abordagem teológica do filme. “A Forja” sugere que a redenção e a fé vêm principalmente por meio de mudanças comportamentais, como abandonar hobbies considerados "superficiais" e ingressar em um grupo de elite de homens cristãos para ser bem-sucedido. Essa mensagem, embora positiva em alguns aspectos, pode ser vista como problemática, pois parece reduzir o que significa ser um "bom cristão" a seguir certos padrões de comportamento que se encaixam melhor em uma determinada sociedade. Até mesmo o modo como o filme lida com o capitalismo pode levantar algumas sobrancelhas, pois ele é quase colocado como um caminho para a salvação pessoal.
No que diz respeito à parte técnica, o filme faz o básico bem. A fotografia é clara, a montagem e a trilha sonora funcionam e o elenco entrega o que pode com o material que tem. Cameron Arnett, no papel de Joshua, é o destaque, trazendo um certo carisma e autoridade à tela.
No fim das contas, “A Forja: O Poder da Transformação” vai agradar quem já é fã desse tipo de filme. Ele entrega uma mensagem simples e direta sobre valores cristãos, sem complicações. No entanto, seu maior defeito está na narrativa, que mais parece um folheto religioso do que um filme propriamente dito.
Confira em vídeo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para mim! Me diga o que achou dessa postagem e se quiser que eu visite seu blog, informe o abaixo de sua assinatura ;)